Coisas que mais ninguém sabe

quinta-feira

30 de June


Palavra da noite (para não dizer sempre "do dia"): "occipício".
do Latim occipitiu
substantivo masculino, parte ínfero-posterior da cabeça;


Hoje deixo uma história que me chegou por mail e à qual achei a sua piada. Retrata uma visão (com a sua pinta de veracidade [ena...], sejamos honestos) deste belo ser humano que Deus fez (segundo dizem) após ter feito o homem. Aqui fica um post "dedicado" à mulher. E, já agora, deixo aqui a teoria de que no Dia da Mulher (que também é quando o Homem quiser [foi para rimar!]), o homem devia escolher uma e levá-la para casa. Isso sim, seria o verdadeiro Dia da Mulher: quando o homem escolhia uma assim da rua e levava-a p'ra casa. Bem, mas isso são outros filmes. Aqui fica a história.
Um velho lenhador adoeceu e a sua dedicada esposa foi à floresta cortar lenha, única fonte de subsistência do casal.
Inábil no manuseio do machado, ela deixa-o cair no rio. Desesperada, apela aos céus:
- Valha-me, Deus!
E Deus aparece:
- Por que choras assim, mulher?
- Ó, meu Deus! O meu machado caiu no rio, não sei nadar, sem ele não conseguirei cortar lenha e eu e meu marido morreremos de fome.
Deus mergulha no rio e de lá traz um machado de ouro maciço:
- É este o teu machado, mulher?
- Não, meu Senhor. Não tenho dinheiro para ter um machado de ouro.
Deus mergulha novamente e desta vez traz um machado de prata:
- É este o teu machado, mulher?
- Não, meu Senhor. Sou pobre e não posso ter um machado de prata.
Deus mergulha pela terceira vez e traz o machado correcto:
- É este o teu machado, mulher?
- Sim, meu Senhor, é esse. Muito obrigada!
Deus então, feliz pela honestidade da mulher, a presenteia com os três machados.
A vida do casal muda por conta do dinheiro conseguido com a venda dos dois machados valiosos.
Depois de alguns anos, o casal vai visitar aquela floresta, para recordar os velhos tempos.
O lenhador escorrega e cai no rio. A mulher, desesperada, novamente apela aos céus:
- Valha-me, Deus!
Deus aparece:
- Por que choras, mulher?
- O meu marido caiu no rio e não sabe nadar.
Deus mergulha no rio e surge com o Brad Pitt:
- É este o teu marido, mulher ?
- Sim, sim. É esse meu Senhor!
Deus se enfurece:
- Mulher desonesta e mentirosa! Como ousa tentar enganar-me?
- Não é isso, meu Deus. É que pensei: se eu disser que não, Ele vai mergulhar de novo e trazer-me o Tom Cruise. Vou dizer que não e aí Ele trará o meu verdadeiro marido. Como recompensa pela minha honestidade, dar-me-á os três homens e, como não posso praticar poligamia, achei melhor aceitar logo o primeiro que me trouxesse.
Convencido pela justificativa da mulher, Deus a deixa ficar com o Brad Pitt.

Moral da História: Mulher, quando quer, mente de um jeito que até Deus acredita!

quarta-feira

29 dia de São Pedro


Palavra de hoje: "onzeneiro".
adjectivo e substantivo masculino, onzenário; usurário; mexeriqueiro; intrigante.


Pois é, como toda a gente sabe, hoje é dia 29 de Junho. E é dia de São Pedro. E, após informações de terceiros e alguma pesquisa no google, parece que é feriado municipal em Felgueiras, Montijo, Évora, Ribeira Grande, Sintra, Cacém (segundo uma certa pessoa que me proibiu de dizer o seu nome - viste Liliana, como eu não disse!), Seixal e Póvoa de Varzim... Não dou 100% de certezas, mas acho que nessas zonas é feriado hoje. Mas, para além disso tudo, é também o dia em que eu faço anos. E, só por isso, devia ser feriado nacional! Mas eu não quis...
Para hoje tinha pensado pôr aqui uma coisa engraçada que li recentemente num mail que me chegou à caixa de correio electrónica, mas, mais uma vez esta semana (não que as esteja a contar, mas já é a 3ª), vou adiar a colocação desse texto para outro dia (talvez amanhã, se não chover...) e vou hoje, a pedido de várias famílias (e quando digo várias, digo aí umas 3, 15 famílias), pôr algo sobre mim. Sobre quando era mais novo. Sim, porque eu ainda sou novo. Faço 2 décadas como ontem alguém fez questão de me lembrar, mas, ainda ontem, também, me foi dada a belíssima idade de 16 anos. Eu sei que quando (des)faço a barba, aparento ser mais novo, mas 16 anos é uma boa marca a conservar para alguém que, agora, já tem 20. Jovem e jovial (ai esse plafond...). Mas fazer anos tem que se lhe diga. Por exemplo, as cento e trinta e duas maneiras de receber uns "Parabéns!". Sempre que faço anos, tento arranjar uma maneira de agradecer e fingir surpreendido. Por isso, ontem após a meia-noite, quando me deram os parabéns (só pus esta conversa toda p'ra dizer que houve quem me tivesse dado os Parabéns logo depois da meia-noite), agradeci da mesma forma que aquele actor quando ganha o Óscar faz, parecendo que não estava nada à espera, apesar de lá por dentro saber que ia ganhar, ou, pelo menos, querê-lo muito. Então disse a quem de deu os Parabéns: "Txii, obrigado! Não estava nada à espera... Não sei... Nunca pensei... Obrigado, a sério!". Essa é talvez a centésima nona maneira de receber uns "Parabéns". Sim, se não estou em erro, é essa mesmo!
Mas dizia eu há pouco, mais em cima, que ia inserir (para não dizer "colocar" outra vez) aqui algo sobre mim, algo sobre quando era mais novo. Lembrei-me há pouco que podia ser algo interessante, não sei, para os poucos que lêem isto aos ziguezagues. Vou-vos então contar de como quando era (ainda) mais jovem, praí com os meus 10, 13 anos, o que costumava fazer quando aparecia alguma rapariga pela qual eu me sentia atraído. Descobria primeiro o seu nome e, depois de o saber, dizia-o baixinho, antes de "e Fábio", e depois trocava, dizendo "Fábio e" e o seu nome. Imaginava os dois nomes juntos, num cartão de convite para o casamento. A ver se soava bem. Até chegava, por vezes (vejam só a moca com que eu não devia de estar), a imaginar mesmo o padre a dizer aquelas míticas palavras "E tu, abc, aceitas, xyz, como teu legítimo..." e se soassem bem (o que acontecia sempre), lembro-me que ficava feliz por pensar que talvez... Mas isso era quando tinha 10, 13 anos que fazia isso... Hoje em dia, já só penso em casamento quando é para ir ao de alguém, na esperança de ver lá umas damas-de-honor solteiras e boas... Raparigas!

terça-feira

28 pré-São Pedro


Bem, como o prometido é de vidro, cá vai a palavra que disse ontem que punha: "orientar".
verbo transitivo, determinar a posição de um lugar em relação ao oriente;
figurativo, guiar; dirigir; encaminhar; informar; esclarecer;
verbo reflexo, reconhecer a situação em que se encontra; determinar o caminho a seguir; reconhecer, examinar cuidadosamente os diferentes aspectos de uma questão ou assunto.


Antes de mais, quero começar aqui por dizer que amanhã (daqui a uns minutos, p'la hora que escrevo isto) será dia de São Pedro. O Santo que, segundo o que me parece, passa mais ao lado da população. Ouve-se muito falar no Santo António e nas suas marchas e não-sei-quê e 'tá tudo muito bem. E apesar de ser mais um Santo cá de Lisboa, lá no Porto também o conhecem. E já que falamos no Porto, temos o São João que lá é feriado (como em Lisboa é o de Santo António) e dá direito a mais festas e mais não-sei-quê's. Mas quando se trata do São Pedro, a verdade é que pouca gente sabe que é dia 29 de Junho. Acho que talvez seja feriado (ou não, não garanto... Não confirmo nem desminto, como já dizia fulano ou beltrano) no Montijo, lá do outro lado, ou pronto, quanto muito sabe o pessoal daí que é dia de São Pedro, apesar de não saber o que realmente se passa por lá nesse dia, visto que só tive conhecimento por meríssimo acaso hoje, quando ia a passar na rua e ouvi um casal de meia-idade a comentar isso. Até estranhei que soubessem, mas depois lembrei-me que, p'la idade que têm, essas coisas eram ensinadas e decoradas e então deixei de estranhar e até aprendi que, pelo menos, havia pessoal numa certa região que sabe que dia 29 de Junho é dia de São Pedro. Digo isso porque grande parte do pessoal não sabe isto. Eu sei porque nasci nesse dia. É verdade, dia 29 de Junho de 1985, o Mundo via nascer um génio no Hospital Egaz Moniz. Curiosamente, foi também nesse dia que eu nasci, numa sala ao lado. Há quem pense que o facto de eu ser Fábio Pedro não tem nada a ver com ter nascido no dia de São Pedro. E está certo. Eu tenho Pedro no nome porque, segundo a minha mãe, o seu avô era Pedro e era uma pessoa muito querida para ela. Mas eu digo sempre: "29 de Junho, dia de São Pedro... Fábio Pedro, muito prazer!" para que possam tentar fixar o meu aniversário. Estranhamente, não tem ajudado muito, mas isso pouco importa... Não foi por isso que me deixei de tornar alto, loiro, bonito... Ah, esperem! Só não me tornei foi loiro. Paciência!

segunda-feira

27 da TVI


Pois foi, a semana do 'N' teve apenas uma entrada... Viagens e posts não combinam, logo só teve um "dia" a semaninha do 'N'. Como achei mal, decidi hoje colocar outra palavra 'N'-começada, apesar de pôr à mesma uma 'O'-começada, como seria o previsível...
Primeiro: "necrófago".
adjectivo, que se alimenta de animais ou de substâncias em decomposição.

Segundo: "otomano".
do Árabe othomani
substantivo masculino, turco; indivíduo dos Otomanos; habitante da Turquia;
adjectivo, relativo ou pertencente à Turquia;
substantivo masculino, (no plural) povo que primitivamente habitava o Turquestão ocidental e mais tarde formou o antigo Império Turco.


Como já devem ter reparado, as palavras têm tudo a ver uma com a outra. Mas dizia eu que viagens e posts não combinavam. E é verdade: quando se vai lá para aquelas terrinhas que ficam a "anos-luz" da capital, é difícil ter acesso a um computador ligado à vasta Internet. Nem rede nos telemóveis às vezes há, quanto mais... Pareço quase aquele puto pastor que foi à TVI (ou a TVI é que foi a ele, resta ainda descobrir) queixar-se que não tinha o computador que queria, porque tinha de ficar a guardar as ovelhas e os pais não tinham dinheiro e a civilização tinha-se esquecido daquela aldeia e passado ao lado e não-sei-que-mais... Epá, temos pena, ? Então vai de oferecer o raio de um portátil ao chaval ligá-lo à Net para que ele possa agora, depois de um dia duro no campo com os animais, ir vêr os PhotoBlogs das pitas da aldeia ao lado, onde a civilização já marcou a sua presença. Óbvio que, novo como é naquilo, só quer é experimentar... E então fica a fazer comentários inúteis à Catawina que é "(...) toda gira e fazes-me lembrar a ovelha #21, com quem tenho uma relação mais especial...". Claro que à bom Pastor que é, tem que ter logo um mail do «Mail-Quente» (leia-se Hotmail) e, homem que é homem, não tem um mail do Hotmail sem ter MSN. E pronto, aí está mais um daqueles com nicks como "Ausente - Fui levar as ovelhas lá acima ao monte" ou "Ocupado - Fui dar comida aos porcos" ou ainda "Volto já - Fui prender o touro que estava a surpreender a vaca branca". Depois começa a ficar até as 4 no paleio com os novos amigos virtuais e, no dia seguinte, que se tem que levantar lá p'rás 6 para ir fazer o que quer que seja que ele faz, está cheio de sono e fica na cama até ao meio-dia. As ovelhas entretanto fugiram, o touro já surpreendeu as vacas todas e agora anda p'los campos à procura de uma boa «erva» para relaxar um bocado e os porcos morreram não à fome, mas por terem sido violentamente pisados pelas vacas doidas que andavam a fugir do touro possante que bem as surpreendeu.
Conclusão: Lá voltou a TVI a fazer mais uma família feliz...

Falando ainda a sério, não sei como é que a TVI consegue fazer essas reportagens... Já tivemos putos dos Açores que dançavam ballet, jovens pastores sem acesso a tecnologias, avós com casas a cair aos bocados a terem que sustentar 100 netinhos, arrumadores de carros a quem já saiu o Totoloto mas que, mesmo assim, conseguiram gastar tudo em poucos meses e tiveram de voltar p'rás ruas dizer "Destroce...Venha chefe, venha... Pára! 'Tá bom! Orienta[1] lá uns euros...", miúdos que nunca tinham visto o mar, etc. Podia estar aqui o resto do post todo a dizer reportagens da TVI que ele nunca mais acabava. Felizmente para mim e para vocês, não vou dizer mais porque acho que as que já disse já dão para vos fazer ver a ideia. Quando não há atentados, guerras ou acidentes graves pelo Mundo fora, ou não morrem pessoas importantes (leia-se conhecidas por uns quantos), ou não há notícias de Futebol a dar, a TVI «surpreende-nos» com estas belas notícias.

De nada, TVI!


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[1] Boa palavra para amanhã, não?

20 das novas tecnologias II


Semana do 'N'. Cá vai: "nomologia".
do Grego nómos, lei + lógos, tratado
substantivo feminino, estudo das leis que presidem aos fenómenos naturais; ciência da legislação que rege um país.


Hoje volto ao assunto d'ontem: as novas tecnologias. É impressão minha ou agora (de há uns tempos para cá), quem usa o MSN, usa-o para indicar toda e qualquer insignificante coisa que está a fazer no momento. Exemplo de nick's que já apanhei: "Ausente - a ouvir música e a trocar de roupa"; "Ocupado - a estudar (...)"; "Ocupado - a ver um filme"; "Ausente - a tomar banho". Parece que querem que toda a gente saiba o que estão a fazer, mas depois ofendem-se quando alguém faz uma pergunta mais pessoal. Qualquer dia têm no MSN "Volto já - Fui lavar os dentes" ou "Ocupado - a trocar de cuecas", ou ainda "Ausente - fui à Zara, depois à Mango, depois à Pull, depois voltei à Zara porque esqueci-me de ver a secção de roupa interior, depois enganei-me e voltei a ir à Pull, depois vi alguém conhecido nas escadas e fui lá a cima, mas afinal não era e então voltei para casa", ou... Vocês percebem a ideia, não percebem? É que já chateia ter essas informações todas nos nick's dos contactos. Ninguém pediu para saber o que estão a fazer. Para que é que me dizem? E é que mesmo que não queira, tenho que levar com essas informações, que preferia, às vezes, não saber de todo. Mas é mesmo assim o MSN e as pessoas. Falando em coisas que me chateia, falo ainda na mania dos PhotoBlogs ou Flogs ou o que quiserem lhe chamar, que agora toda a pita que é pita tem de ter um. E não são só as pitas, é quase toda a gente que quer mostrar fotos suas ao "mundo". Mas pronto, percebe-se o gosto pela fotografia do pessoal e o "quererem aparecer", nem que seja na Net (para ver se ficam famosas, não?), mas o que me incomoda à noite e não me deixa dormir (para além das melgas [o que ainda vai dar motivo para um post um dia destes]), o que realmente (não) me entra cá na cabeça e não consigo perceber, é o porquê de tanta coisa pelos comentários. "Tenho PB [leia-se PhotoBlog]! «Cumentem»!!!". Tanto necessidade de comentários parvos como os do tipo "Ah, que blog «giruh» e foto tão bonita. És muito gira. «Tás add» [que é o mesmo que dizer que te adicionei nos favoritos (mesmo que nunca antes tenha visto qualquer outra foto ou material)] e olha, posso-te dar o meu mail. Adiciona-me! Bjxxx fofoxxx." e tretas deste tipo. Só comentam para dizer sempre a mesma porcaria, mas com palavras e expressões diferentes, mas o "cheiro" é o mesmo. Desculpem o desabafo, mas irrita-me um bocado, não sei. Se calhar é só do calor... Ou então é do barulho das luzes...

domingo

19 das novas tecnologias


Para hoje, ainda no 'M', deixo-vos "menoscabar".
verbo transitivo, reduzir a menos; tornar imperfeito; deixar incompleto;
figurativo, depreciar; desprezar; desdoirar; difamar; apoucar.


Ontem estava deitado, a tentar adormecer (coisa que não consegui, diga-se de passagem) quando me lembrei de escrever qualquer coisa sobre as novas tecnologias. Hoje em dia anda meio mundo agarrado aos Mp3's. Já temos óculos de sol com leitor de Mp3 incorporado, relógios com leitor de Mp3 incorporado, colares com (hein?... Adivinharam! É isso mesmo!) leitor de Mp3 incorporado. Qualquer dia temos torradeiras com leitor de Mp3, para aqueles 5-7 minutos enquanto tomamos o pequeno-almoço, não? É que hoje em dia já tudo lê Mp3. Quer dizer, as aparelhagens, os leitores de CD, ainda vá que não vá (até os leitores de DVD de mesa ainda se pode aceitar, porque há sempre aquele pessoal que tem isso ligado à aparelhagem e ouvem os Mp3 pelo DVD...), mas agora fazerem tudo e mais alguma coisa a ler Mp3? É um bocado incomodativo, não acham? Será que anda toda a gente contagiada pela música? Até os telemóveis já lêem Mp3... Depois dos ténis que acendiam na sola quando andávamos, o leitor de Mp3 em qualquer objecto portátil é definitivamente a maior invenção da era moderna.
Ainda neste campo, no outro dia num hipermercado que não vou dizer o nome porque é o Carrefour, vi lá algo que também «surpreendeu». Aposto que algum japonês marado lá na China (viram o contraste?) deve ter pensado assim (mas em Japonês): "Se há consolas, tipo PlayStation 2, com leitor de DVD, porque é que não o oposto? Leitores de DVD com consolas?". E aposto que concebeu logo uma ideia e mostrou-a a algum japonês ainda mais marado e saíram-se com um leitor de DVD donde da parte de trás saem dois comandos e vem com um CD com 300 jogos antigos (do tipo dos da family game [que para quem não sabe, eram os jogos de quando eu era mais novo e me faziam as delícias, tipo o Contra e assim...], ou seja, p'rá família «viciar»). Se isso não é uma revolução no mundo tecnológico, não sei o que possa ser. Mas é verdade. No outro dia calhei entrar no Carrefour (calhei mesmo, porque eu não queria sequer lá ir, mas passei ao pé da porta e ela abriu-se automaticamente e aí tive que entrar...) e assim que entro, deparo-me (palavra gira, esta, hein?) com uma televisão a dar jogos antigos, que facilmente me fizeram lembrar aquela velha consola algures guardada lá p'ra casa. E quando vejo donde vinha o jogo, é aí que noto no leitor de DVD e no empregado a ver a caixa do CD com 300 jogos e a ver quais é que havia de experimentar. Disse-lhe logo "Olhó Contra, «ganda» jogo de tiros e acção...". Ele lá pôs o jogo e deixou-me ali a jogar. Tive um bom bocado a viciar Contra (o «bacano» até disse que eu "lhe dava bué"), esse jogo que já não tocava há que tempos e tenho mesmo a sensação de ter sido observado por várias pessoas enquanto "matava" as saudades do jogo. Creio mesmo que até alguns funcionários do Carrefour, talvez com a "Epá, também queria jogar!" fisgada, olhavam pra mim de lado... Mas isso foi só o que o meu amigo que estava ao lado me contou, porque eu estava mais entretido a matar os "maus".

sábado

18 de P'ra mim tanto me faz...


O "amanhã" tornou-se muito depois. Mas cá vai: "maniota".
substantivo feminino,
peça para prender a mão dos animais.


Eu sei que tinha dito "ontem" que escrevia cá uma história "à la Fábio", mas foi complicado. Circunstâncias imprevistas (mais ou menos) incapacitaram tal coisa. Hoje, com mais tempo (mas com a vontade do costume), deixo então (e porque não, ?) a história.
Como em tantas outras situações da minha vida, volto a ver que sou, mais uma vez, o rapaz certo, mas no sítio errado à hora errada. Desta vez é relacionado com futebol (FutSal, p'ra ser mais preciso). Vi nuns panfletos em Loures, que iam haver treinos de captação para Juniores e Juvenis na segunda-feira. Aproveitei a oportunidade para testar as minhas capacidades e ver se valia alguma coisa de jeito. Fiz o treino todo, fazendo algumas boas defesas, tendo inclusive sido elogiado por "colegas". No final, contente com o desempenho, o treinador pergunta-me o nome e o contacto. Mas é quando me pergunta a data de nascimento que eu vejo o que vos disse no início do parágrafo. Como sou de 1985, já sou Sénior, logo pertenço ao escalão acima. Eu nunca sei essa cena dos escalões e também nunca me preocupei, por isso fiz a confusão a ler os panfletos. Contudo, por acharem que defendia bem, disseram para aparecer lá no dia a seguir, à mesma hora, que era o treino do Seniores e que, apesar de não estarem a fazer captações, não se iriam importar de me ver a jogar. Ficaram mesmo com pena de eu não ser Juvenil porque não tinham nenhum guarda-redes e eu tinha mesmo ar de ser Juvenil (é verdade, muitas vezes [quando tenho a barba feita então...] dão-me menos idade do que a que tenho). Devo dizer que também fiquei com pena. Até porque, no dia a seguir, fui lá e expliquei ao outro treinador a situação. Ele pôs-me a jogar no treino mas, para além de não ter defendido tão bem como na noite anterior, eles também já têm dois guarda-redes, o que faz de mim (caso fique) o terceiro. No final, deram-me um contacto para eu ligar no dia a seguir, que fiz, e agora estou à espera que me digam mais qualquer coisa. Acho que querem que faça mais um treino para ver melhor como sou, mas eu sei que é tramado. Já têm dois «redes» (enquanto que nos Juvenis não tinham nenhum), joguei pior na terça, entre outras coisas... Mais uma vez, o rapaz certo, mas no sítio errado, à hora errada, hein?
Acabo aqui um dos "episódios" «engraçados» desta semana. Logo há mais (ou então não!). Esperemos mas é que a próxima season seja melhor. E... Não percam o próximo episódio... Porque nós, também não!

segunda-feira

13 de Santo António


A semana passada foi muito fraca, eu sei. E, em termos de palavras, também. Para esta, temos, com a letra 'M', "maceta" (não confundir com aquilo que se diz nos canais Vénus e Playboy's ou assim... Não que eu saiba o que lá se diz, não é, porque eu até nem sequer vejo isso...).
substantivo feminino, pequena maça de ferro com que os pedreiros batem no escopro; peça cilíndrica de base chata e muito lisa, para moer e desfazer as tintas; baqueta de bombo;
Brasil, diz-se da cavalgadura que tem as mãos ou os joelhos nodosos;
Antigo, escarrador.


Hoje, antevendo uma boa história daquelas só mesmo "à Fábio" para amanhã, deixo-vos com algo que já não via há imenso tempo. Em arrumações ao quarto, encontrei lá uma caixa cheia de tazos (ou lá o que eram) com que, quando era mais novo, costumava jogar (e às vezes até sozinho). Daqueles tazos que saíam nas batatas fritas, bolicaos e tudo e mais alguma coisa que quisesse vender, aproveitando o fenómeno da altura, bastando para isso adicionar gratuitamente ao produto o dito tazo. Tinha para lá algures no quarto a supracitada caixa (uma pequena caixa pseudo-quadrada), cheia desses tazos. Como é óbvio, já não tenho idade para brincar com isso, daí tê-la dado ao "meu puto" (o meu irmão mais novo). O que estranhei foi, pouco tempo depois, o meu puto virar-se p'rá mãe a perguntar se "aquilo" tinha sido escrito pelo "Fábio". Creio mesmo que a frase que ele usou foi: "Oooh mãehi! Isto aqui é a letra do Fábio?". Tais palavras não passaram incólumes e depressa me "aprocheguei" para ver o que era "aquilo". Para meu espanto era, de facto, uma folha daquelas A4 de linhas com coisas escritas por mim (não que não reconhecesse a minha letra de quando tinha 8 ou 9 anos, mas foi a parte no fim que dizia "Ass. Fábio Pedro Pegado Godinho" que acabou com qualquer dúvida). E, surpresa (ou não) das surpresas, era um poema. 6 quadras feitas por mim quando tinha os tais 8 ou 9 anos, aquando da altura do meu primeiro beijo e da minha primeira namorada. Lembro-me que escrevi esse poema a pensar nela e nessa altura queria mesmo ter-lho dado. Mas, por alguma razão, nunca o cheguei a fazer e guardei-o algures, já sem saber onde. Até hoje o meu irmão o "descobrir". Vou por aqui o poema, já que falei nele e tudo isso, parece-me justo. Sei que está lamechas em todos os possíveis sentidos da palavra, mas hey: eu tinha praí 8 anos e tinha beijado uma miúda pela primeira vez! Dêem um desconto, will'ya?

Quando a noite já caiu
não consigo adormecer
porque vou pensando em ti
e na hora de te ver.

No silêncio do meu quarto
é quando melhor dá para me lembrar
do nosso primeiro beijo
pondo assim o meu coração a saltitar.

Gosto de te recordar
vendo as estrelas e o luar.
Esperando a hora de te ver
não consigo adormecer.

Quando o dia chegar
vou pensando que a realidade
seja que eu fique contigo
para toda a eternidade.

É assim que eu mostro
o meu amor por ti
no silêncio da noite
cada estrela me sorri.

Não penses que estes poemas
são só para te conquistar
porque é assim que eu demonstro
a minha forma de te amar.


Eu avisei que estava lamechas!

Já agora, e visto que a semana do 'L' foi "curta", deixo também aqui (e porque não?) o significado de "lamecha".
adjectivo e substantivo masculino (familiar), bajoujo; apaixonado; namorador ridículo.

sábado

11 de Jinho


Semana do 'L'. Semana, que é como quem diz... Isto 'tá-se a tornar mais "Uma letra por semana, uma palavra por semana", ao invés [p'ró belo do plafond] do ex-"Uma letra por semana, uma palavra por dia". Mas para hoje, "labutar".
verbo intransitivo, trabalhar; lidar; laborar;
figurativo, empenhar-se, pugnar por, esforçar-se.


Mas é verdade. Este blog tem andado ao abandono. No princípio era tudo tão bonito. Era tanta a vontade de vir escrever. Agora, que vamos a meio do alfabeto (mais ou menos), já só apareço uma ou duas vezes por semana. Aquela "coisa" de vir cá todos os dias escrever que era no princípio sumiu. Perdeu-se o interesse... Quase como o que acontece quando duas pessoas estão juntas há não-sei-quanto tempo e se começa a tornar monótono e já se perdeu a "magia" que era no princípio. E depois vem o "é melhor dar um tempo" e essas cenas assim... E, basicamente, é o que tenho feito a este blog. Tenho dado um tempo. Venho cá quando chove (que é como quem diz, quando me apetece). Acho que quando se acabarem as letras do alfabeto, não acabo o blog, mas ainda é capaz de ficar mais ao abandono. Entretanto, vou passando por aqui para colocar a palavrinha do "dia" e ir «postando» os meus derrames cerebrais...

Hoje (e porque não?) posso falar das tradições da "minha terra". Aqui em SAC (que, para quem não sabe - duvido que haja alguém que não saiba - é a bela terrinha de Santo António dos Cavaleiros [ou Saint Antoine des Chevaliers, como dizia o White Castle]). Como o nome sugere (a parte do Santo António), devem estar a pensar que deve ser uma "terra" onde agora pela altura das festas de Santo António se fazem festas. E estão certos. Todos os anos (desde que me lembro), por esta altura (à volta de 13 de Junho, dia de Santo António), enfeitam a Igreja e metem um gajo qualquer a por música e a entreter os velhos para que eles se abanem ao ritmo de "Ponho o carro tiro o carro" do Quim Barreiros, enquanto ao lado vendem sangria, sardinhas e bifanas. Putos que com meio copo de sangria, ficam os maiores (bêbedos). Todos os anos, a exacta mesma coisa. Nos lugares mais "refundidos", estão aqueles grupos mais "refundidos"... A "refundir" a bela da ganza e tal... De resto, é sempre as caras do costume, mas um ano mais velhas. E nalgumas nota-se mais do que noutras... As "pitas" cada vez a quererem ficar mais velhas... Todas arranjadas e produzidas, a fumar às escondidas (ena, até rima e tudo, daqui a bocado até dava uma música...). E, se continuarem a fumar da maneira que fumam, mais dia menos dia vão mesmo parecer mais velhas, porque o tabaco tem desses side-effects... Mas é lá com elas. Não me quero meter nisso. Literalmente.
Finalmente, acabamos sempre por encontrar aquele pessoal que já não víamos há um ano, pela altura dessa mesma festa. Três minutos de conversa sobre o que se fez durante o ano e um adeus e até amanhã, que, muito provavelmente, se prolongará por mais um ano, até à próxima festa de Santo António.

4 de Jun


Com letras "da feira" (ou, como agora está mais na moda, "da lojinha do chinês"), é tramado arranjar palavras que «interessem». Por isso, o que se arranjou foi "kantiano".
de Kant
adjectivo, que se refere a Kant ou à sua doutrina filosófica;
substantivo masculino, pessoa partidária da filosofia de Kant ou seu discípulo.


Há dias em que acordo com ele em pé. Depois, muitas vezes, torna-se duro nos momentos mais inapropriados. Mas quando quero que esteja firme e rijo, nem sempre consigo que esteja. Para além de ser bastante difícil de o controlar, de vez em quando deixa-me mal... Falo, como já toda a gente percebeu, novamente do meu cabelo. Como tem dias em que o odeio... Gostava de ter daquele tipo de cabelo que "trabalha" para um gajo. Mas enfim, não se pode ter tudo.

Seguindo a sequência lógica da conversa, falo agora (e porque não?) sobre o raio das correntes que se «atravessam» nos meus e-mails. Mas esse «pessoal» não tem mais nada para fazer a não ser mandar mails com a parte do fim a dizer "Agora manda esta mensagem a todos os teus amigos no espaço de X horas, senão terás azar na vida amorosa para toda a vida. Mas se mandares, aquele alguém especial vai mostrar que gosta de ti exactamente às 12 horas de hoje.". O pessoal anda todo a comer o quê? O que é que será que lhes metem na água? Ou aqueles tipos de e-mails que diz que se repetirem 30 vezes baixinho aquele "desejo" e de seguida mandarem esse mesmo mail para mais 30 amigos em menos de 30 minutos (ou coisa que o valha!), esse desejo tornar-se-á real nos próximos 30 dias. Estou mesmo a ver amigos meus ainda hoje à espera que as duas loiras gémeas suecas do 3º esquerdo lhe vão lá tocar a casa para umas horas de "prazer explícito", num belo dum ménage. Quem é acredita nestas cenas? Não, reformulo: Como é que é possível haver (tanta) gente a acreditar nessas cenas? Mas depois mandam, com aqueles «extras» "Não custa nada tentar...". Mas esperam mesmo que isso funcione? Será que regem a sua vida à espera que aquela corrente seja a "certa" e irá ser dessa que a sorte se abatará sobre eles? Cá para mim, a bela da «sorte» que eu tenho, deve-se ao facto de ter falhado alguma corrente importante. Deve ser daí... É que só pode!

quinta-feira

2 de Junhó


Semana do 'K' (que, lá por começar a uma quinta-feira, não deixa de ser a semana do 'K'). Como palavra, temos a própria letra "K".
substantivo masculino, décima primeira letra do alfabeto, utilizada em abreviaturas consagradas internacionalmente, em alguns vocábulos estrangeiros introduzidos no português e em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros que se escrevem com k; consoante oclusiva gutural surda;
adjectivo, undécimo lugar numa série representada por letras;
substantivo masculino, Física, símbolo do prefixo quilo - que significa mil; símbolo da constante de Boltzmann; símbolo do kelvin (grafado em maiúscula);
Química, símbolo do potássio.


Pus aquele significado a bold só mesmo por causa do que lá está: "consoante oclusiva gutural surda". Estou mesmo a imaginar usar esta frase milhões e milhões de vezes no futuro. Mas é que é já a seguir... Não sei, dá assim um toque... Esqueçam...

Falando de coisas sérias, para quem se interrogava onde andava o autor deste blog e os respectivos posts, só tenho a dizer "Metam-se na vossa vida, pá!". Não, estou a gozar... Não, não estou! Metam-se mesmo pá! Não, estava também a gozar... Tenho andado (muito) desaparecido e nem sequer venho cá por palavras novas. Nesta semana (do 'K') também é complicado arranjar palavras, mas mesmo assim, já não me ausentava assim tanto desde... Sempre. Começar a semana à quinta... That's a new one!

Sem grandes textos para hoje (talvez amanhã ponha qualquer coisa engraçada... E vai daí...), deixo-vos umas «anedotas» que "ouvi" por aí...

E TUDO COMEÇOU COM ADÃO E EVA
Eva: "Adão, amas-me?"
Adão: "Não."
Eva: (chorando) "Então porque fizeste amor comigo?"
Adão: "Helloooo? Vês por aqui mais alguém?" [caso mesmo para Here's your sign!, não acham?]

SEXO À RODEO
Dois amigos discutem formas de fazer amor:
- E sexo à Rodeo? Já experimentaste?
- Sexo à Rodeo? Não... É como?
- Pões-te em cima da tua mulher, começas a fazer amor e segredas-lhe ao ouvido: "Esse teu perfume é igual ao da minha secretária!"
- E depois?
- Depois tentas manter-te em cima dela pelo menos durante cinco segundos...

ALGUM AMIGO DO "WHITE CASTLE"
- Mamã, mamã, no colégio há um menino que me chamou maricas.
- E tu, bateste-lhe?
- Achas mesmo que sim? Ele é giríssimo!