Coisas que mais ninguém sabe

terça-feira

22 de Marcil

E hoje a palavra do dia é "acerbo".
do Latim acerbu
adjectivo, azedo; áspero; amargo;
figurativo, cruel; severo; rigoroso; pungente; doloroso.


Bem, não sabia se havia de pôr 1º a rubrica e depois escrever qualquer coisa, ou o oposto. Acho que vou começar por deixar sempre a palavra e depois, se tiver algo a escrever, o fazer em baixo. Assim sempre podem cá só vir ver a palavra de cada dia e não lerem o resto ou, se de facto continuarem, e for assim grande, fazer o teste de se no final ainda se lembram qual era a palavra e qual o seu significado.

Tendo dito isto, deixem-me contar um episódio ocorrido nos transportes públicos.
Cenário: Parte de trás de uma camioneta.
Hora: Cerca das 18:30.

Dois homens de origens africanas estavam sentado na parte de trás da camioneta, no meio dessa fila grande de bancos e, algures a meio da viagem, surge um outro indivíduo (também de origem africana) que se aproxima de um desses dois e lhe diz: "Eh... Arranja lá 30 cêntimos". A minha 1ª reacção foi de que não haviam de os putos andar a pedir dinheiro nas ruas, se é esse o exemplo que os pais parecem dar. É que não é muito normal ver homens a "cravar" nas camionetas. Mas estava longe de ser essa a situação que se passava e depressa vi que a minha 1ª impressão estava errada. Pelo diálogo que se seguiu, facilmente se verificava que os homens se conheciam e que aparentemente precisava dos 30 cêntimos para pagar o bilhete. O amigo procurou nos bolsos e lá achou umas moedas, dando-as ao amigo para este poder pagar o que faltava do bilhete. Passados uns minutos, o tal amigo volta, dizendo que afinal precisa de mais. Pelo que se veio posteriormente a perceber, o homem ao ver que não tinha dinheiro trocado suficiente para comprar o bilhete até ao seu destino desejado, visto que de notas só tinha uma "grande" e o motorista não ter troco para tal nota, face à situação da pouca quantidade em moedas, pediu um bilhete até meio (muito menos de meio, diga-se...) da viagem, pois era o que podia pagar. Mas ao entrar, reparou no amigo cá atrás e foi-lhe pedir a diferença para o bilhete "todo" emprestada (os tais 30 cêntimos). Mas, pelo que se pôde compreender, agora já não bastava pagar a diferença para o tal 1º destino. Teria agora de comprar um novo bilhete do sítio donde se encontrava até ao destino onde queria ir, que era até cerca da última paragem. Isto é, se quando entrou tivesse pago aqueles 30 cêntimos a mais, teria o bilhete até ao "fim da linha". Mas como só pagou até metade, se agora quisesse ir até ao fim, teria de pagar 1 euro e 15 que corresponde a um novo bilhete como se tivesse entrado naquela altura e quisesse ir até à última paragem. Faltavam então mais 85 cêntimos, para além dos outros 30 que já tinha pedido ao amigo e que o motorista não aceitou para pagar a diferença que o homem pensava que podia ser paga. Então voltou a pedir ao amigo, mas estava com pouca sorte, pois o amigo já não tinha mais trocado. Pediu ao amigo do amigo que lá lhe arranjou o que tinha no bolso e que, de entre moedinhas e moedinhas mais pequenas, apenas fazia 83 cêntimos. Por 2 cêntimos o motorista também compreende, já que o bilhete lhe estava a acabar por sair muito mais caro do que o normal. Como toda a gente se enganou.
- Só arranjei 1 euro e 13...
- Meu amigo, o bilhete é 1 euro e 15.
- Mas eu já paguei um bilhete até aqui e donde o paguei era só mais 30 cêntimos lá p'ra cima...
- Não me interessa, agora é um bilhete novo, tem de o pagar todo...
- Mas só faltam 2 cêntimos...
- Nem que faltasse só 1... Não sou eu que lhe vou pagar o bilhete...

A conversa deu-se quando a camioneta parou numa paragem e manteve-se lá parada durante um bom bocado, impedindo o trânsito de circular. Os carros atrás já formavam uma fila e até já começavam a buzinar. O motorista avisou-o:
- Ou paga, ou sai... É simples...
- Mas...
- Mas nada...
- Oiça lá, quanto é que falta? - diz uma mulher lá de trás, levantando-se com o porta-moedas na mão, enquanto se dirige lá à frente e o abre, mostrando-se consideravelmente irritada com esta situação toda - É 2 cêntimos que falta, é? Tome, eu pago o resto do bilhete a este senhor. 'Tá aqui a porcaria dos 2 cêntimos... Por amor de Deus... Há pessoas mesmo muito estúpidas - concluiu ela enquanto voltava para o seu lugar.

Este episódio é verídico e aconteceu ontem na camioneta onde eu vinha. Depois disso tudo, saí na próxima paragem...

7 Comments:

  • arcebo é uma palavra bónita n há dúvida....pelo menos é diferente e nc ouvi ngm a usá-la, vou tentar n me eskecer dela...
    O testamento...tá um cadito grande, mas lê-se bem, o normal é esse...por 2 cents a história q é...motoristas...qm os percebe?

    ****

    By Anonymous Anónimo, at 21:51  

  • Olá! Epá...os motoristas de autocarros costumam ser pessoas extremamente simpáticas e educadas, é por essas e por outras que eu evito andar de autocarro =P

    By Blogger bounty, at 23:42  

  • n é "esse" mas "isso". peço desculpa pelo erro...:S

    By Anonymous Anónimo, at 00:11  

  • "arcebo"? vocês lêem mm em Z... E ainda dizem que não...
    É "acerbo", que também pode ser uma forma verbal do verbo "acerbar", que siginifca
    tornar acerbo; irritar; mortificar; angustiar.

    Mas não te preocupes, deixa lá, herrar é umano...

    By Blogger fabio_man, at 00:46  

  • eu n li em Z, só trokei as letras por ter escrito rápiod, mas para a próxima copio q é para n "herrar" ot vez, sim? ;)

    By Anonymous Anónimo, at 00:59  

  • tás a ver...com o 'rápido' aconteceu ot vez :s a partir de agr, vou reler o q escrevo ;)

    ***

    By Anonymous Anónimo, at 01:00  

  • fogo há pessoas msm agarradas...2 centimos para ajudar uma pessoa...só espero é um dia n m eskeçer d 2 centimos para pagar o bilhete d autocarro :S bjs**

    By Anonymous Anónimo, at 21:39  

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