Coisas que mais ninguém sabe

domingo

19 das novas tecnologias


Para hoje, ainda no 'M', deixo-vos "menoscabar".
verbo transitivo, reduzir a menos; tornar imperfeito; deixar incompleto;
figurativo, depreciar; desprezar; desdoirar; difamar; apoucar.


Ontem estava deitado, a tentar adormecer (coisa que não consegui, diga-se de passagem) quando me lembrei de escrever qualquer coisa sobre as novas tecnologias. Hoje em dia anda meio mundo agarrado aos Mp3's. Já temos óculos de sol com leitor de Mp3 incorporado, relógios com leitor de Mp3 incorporado, colares com (hein?... Adivinharam! É isso mesmo!) leitor de Mp3 incorporado. Qualquer dia temos torradeiras com leitor de Mp3, para aqueles 5-7 minutos enquanto tomamos o pequeno-almoço, não? É que hoje em dia já tudo lê Mp3. Quer dizer, as aparelhagens, os leitores de CD, ainda vá que não vá (até os leitores de DVD de mesa ainda se pode aceitar, porque há sempre aquele pessoal que tem isso ligado à aparelhagem e ouvem os Mp3 pelo DVD...), mas agora fazerem tudo e mais alguma coisa a ler Mp3? É um bocado incomodativo, não acham? Será que anda toda a gente contagiada pela música? Até os telemóveis já lêem Mp3... Depois dos ténis que acendiam na sola quando andávamos, o leitor de Mp3 em qualquer objecto portátil é definitivamente a maior invenção da era moderna.
Ainda neste campo, no outro dia num hipermercado que não vou dizer o nome porque é o Carrefour, vi lá algo que também «surpreendeu». Aposto que algum japonês marado lá na China (viram o contraste?) deve ter pensado assim (mas em Japonês): "Se há consolas, tipo PlayStation 2, com leitor de DVD, porque é que não o oposto? Leitores de DVD com consolas?". E aposto que concebeu logo uma ideia e mostrou-a a algum japonês ainda mais marado e saíram-se com um leitor de DVD donde da parte de trás saem dois comandos e vem com um CD com 300 jogos antigos (do tipo dos da family game [que para quem não sabe, eram os jogos de quando eu era mais novo e me faziam as delícias, tipo o Contra e assim...], ou seja, p'rá família «viciar»). Se isso não é uma revolução no mundo tecnológico, não sei o que possa ser. Mas é verdade. No outro dia calhei entrar no Carrefour (calhei mesmo, porque eu não queria sequer lá ir, mas passei ao pé da porta e ela abriu-se automaticamente e aí tive que entrar...) e assim que entro, deparo-me (palavra gira, esta, hein?) com uma televisão a dar jogos antigos, que facilmente me fizeram lembrar aquela velha consola algures guardada lá p'ra casa. E quando vejo donde vinha o jogo, é aí que noto no leitor de DVD e no empregado a ver a caixa do CD com 300 jogos e a ver quais é que havia de experimentar. Disse-lhe logo "Olhó Contra, «ganda» jogo de tiros e acção...". Ele lá pôs o jogo e deixou-me ali a jogar. Tive um bom bocado a viciar Contra (o «bacano» até disse que eu "lhe dava bué"), esse jogo que já não tocava há que tempos e tenho mesmo a sensação de ter sido observado por várias pessoas enquanto "matava" as saudades do jogo. Creio mesmo que até alguns funcionários do Carrefour, talvez com a "Epá, também queria jogar!" fisgada, olhavam pra mim de lado... Mas isso foi só o que o meu amigo que estava ao lado me contou, porque eu estava mais entretido a matar os "maus".

1 Comments:

  • eu adorava esse jogo! era mesmo o max! já vão uns aninhos... és mesmo kido! ainda bem que partiste tudo menos os dedos. dos males o menor... desculpa tar a ser má! mas adoro o que escreves e quero ler-te mais e mais. nao conheço os teus outros talentos, mas se este não é o maior... és realmente um superdotado.

    By Blogger Patrícia Chaparrínho, at 08:13  

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