Coisas que mais ninguém sabe

sexta-feira

6 de Janovo


Olá. Primeiro post de 2006 aqui no blog. Falta a piada típica que "toda a gente" agora faz: epá, já não postava (palavra tipicamente portuguesa, sem dúvida) desde o ano passado! Enfim, vamos à palavra de hoje. Esta semana (ou o que resta dela) é a semana do 'S'. Então, "sisudo".
do Latim sensutu
adjectivo, que tem siso; prudente; sensato; sério;
substantivo masculino, certo jogo popular.


Para hoje vou-vos deixar uma história que recebi no mail há já uns tempos. Tendo isso em conta, não posso assegurar a veracidade (este plafond de palavras caras, ui, upa upa!) da mesma, pois grande parte dos mails são tudo menos verdade. Não fui investigar se a história é ou não verdadeira, mas se for é cá uma história e peras (mas quem é que surge com estas expressões?!)! Passo então a contar...

O criminoso que se assassinou


Um 'enredo' tão simples mas ao mesmo tempo tão intricado.
No jantar de premiação anual de ciências forenses, em 1994, o presidente Dr. Don Harper Mills impressionou o público com as complicações legais de uma morte bizarra.

Aqui está a história:

Em 23 de Março de 1994, o médico legista examinou o corpo de Ronald Opus e concluiu que a causa da morte fora um tiro de espingarda na cabeça. O sr. Opus pulara do alto de um prédio de 10 andares, pretendendo suicidar-se. Ele deixou uma nota de suicídio confirmando a intenção. Mas quando estava a cair, passando pelo nono andar, Opus foi atingido por um tiro de espingarda na cabeça, que o matou instantaneamente. O que Opus não sabia era que uma rede de segurança tinha sido instalada um pouco abaixo, na altura do oitavo andar, a fim de proteger alguns trabalhadores, portanto Ronald Opus não teria sido capaz de consumar o seu suicídio como pretendia.
"Normalmente," continuou o Dr. Mills, "quando uma pessoa inicia um acto de suicídio e consegue matar-se, a sua morte é considerada suicídio, mesmo que o mecanismo final da morte não tenha sido o desejado." Mas o facto de Opus ter sido morto em plena queda, no meio de um suicídio que não teria dado certo por causa da rede de segurança, transformou o caso em homicídio. O quarto do nono andar, de onde partiu o tiro assassino, era ocupado por um casal de velhos. Eles estavam a discutir em altos gritos e o marido ameaçava a esposa com uma espingarda. O homem estava tão furioso que, ao apertar o gatilho, o tiro errou completamente sua esposa, atravessando a janela e atingindo o corpo que caía. Quando alguém tenta matar a vítima A mas acidentalmente mata a vítima B, esse alguém é culpado pelo homicídio de B. Quando acusado de assassinato, tanto o marido quanto a esposa foram enfáticos, ao afirmar que a espingarda deveria estar descarregada. O velho disse que ele tinha o hábito de ameaçar a sua esposa com a espingarda descarregada durante as discussões. Ele jamais tivera a intenção de matá-la. Portanto, o assassinato do sr. Opus parecia ter sido um acidente; quer dizer, ambos achavam que a arma estava descarregada, portanto a culpa seria de quem carregara a arma. A investigação descobriu uma testemunha que vira o filho do casal carregar a espingarda um mês antes. Foi descoberto que a senhora havia cortado a mesada do filho e ele, sabendo das brigas constantes dos seus pais, carregara a espingarda na esperança de que o pai matasse a mãe. O caso passa a ser portanto do assassinato do sr. Opus pelo filho do casal.

Agora vem a reviravolta surpreendente. As investigações descobriram que o filho do casal era, na verdade, Ronald Opus. Ele encontrava-se frustrado por não ter até então conseguido matar a mãe. Por isso, em 23 de Março, ele atirou-se do décimo andar do prédio onde morava, vindo a ser morto por um tiro de espingarda quando passava pela janela do nono andar.

Ronald Opus havia efectivamente se assassinado a si mesmo, por isso a polícia encerrou o caso como suicídio.



Bela história, hã?

Não acham que dava um belo episódio de C.S.I. ou assim do género?

8 Comments:

  • ainda n tens nhm comment?? pronto entao eu comento lool nao, eu disse k vinha ca deixar alguma coisinha por isso cá tou (e agora tu pensas... "k seca")
    gostei da história sim senhor bastante interessante parece ks um livro da agatha christie...
    kero ver mais dessas... ;)

    so mais uma coisa...ke isso de agora te andares a baldar?? sim tou te a controlar eu até tenho tudo a ver cm isso... loool
    bj***

    By Anonymous Anónimo, at 21:22  

  • Bem, gostei muito mais da história das gémeas belgas do 3º direito! A máquina ficou a funcionar ou não?!

    Estas histórias são inventadas para um suposto crime(ou um "não crime"...) em que o tribunal não saiba a quem há de dar a culpa.
    Assim quando o juiz ou o juri for a decidir vai ver ao mail e pronto. Chega à bela decisão de que indirectamente o auto-assasinato é possível! Entra para record do Guiness e os advogados têm mais uma desculpa para dar! Agora... "Ah! É normal o meu marido ameaçar-me com a arma... Eu até GOSTO!!!". Ah pronto fico mais descansado, assim nem me preocupo sobre o que vai acontecer à mulher, ou quem era o maniaco que o fazia... Sim... o que importa era ver porque raio é que uma arma de fogo tem balas! NÃO É NORMAL POIS NÃO?

    Mas como é que me dei ao trabalho de comentar isto! UM MAIL EM CADEIA AINDA POR CIMA! Ainda se fosse um Jota Alpeida a explicar a existência do Pai Natal e das suas renas que viajavam a uma velocidade superior à da luz... Ainda vá que não vá... mas isto.... as belgas talvez ainda safem o problema, senão ficas sem remédio!

    By Anonymous Anónimo, at 02:32  

  • Tá mesmo "pela hora da morte!". Só pode ser tanga mesmo! Mas tá bem esgalhado, tá tá!!! Vou mostrar isto á malta toda... vão fartar-se de rir! Espero que nao te incomodes se eu copiar. Um bj muito grande....

    By Blogger Patrícia Chaparrínho, at 06:49  

  • Está muito, muito comico!! lol

    By Blogger Li, at 13:51  

  • olha, bem interessante... não sei se me atiraria por tão pco, pensando q sendo a mha "mãe" velha, ia morrer mais depressa do q eu ;)

    By Blogger Nanokas, at 20:31  

  • n deixo nada!! :P

    eu disse q vinha e vim mesmo ;)

    só para deixar umas beijocas pro menino.

    xuacs

    By Anonymous Anónimo, at 20:37  

  • A história do sr. Opus é um autentico clássico...
    Um dos primeiros casos oficiais de um "Darwin Award"

    By Blogger Unknown, at 22:33  

  • Homicídio involuntário por negligência e homicidio na forma tentada; o que no quadro penal pertuguês daria um cúmulo jurídico de 9 a 10 anos de cadeia... Mas os culpados seriam dois: o velho, por ter empunhado a arma e ter negligenciado de verificar se ela estava ou não descarregada, aqui sem dolo, mas com dolo por ter ameaçado a mulher com arma de fogo. O filho seria considerado co-autor e autor moral, na medida em que carregara a arma (premeditação, donde crime) na expectativa de o pai vir a assassinar a mãe com ela. O facto de ele morrer desse disparo é meramente circunstancial.

    By Blogger Apostol, at 00:01  

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