Coisas que mais ninguém sabe

sexta-feira

30 de TresDoisUmMeia-Noite


Today we have "ror".
substantivo masculino, popular, abundância; grande porção.



Bem, nesta altura tão festiva para alguns e tão não festiva para outros que é a passagem de ano, a mudança no calendário de mais 12 meses que passaram, com as suas coisas boas e com as menos boas também, tinha de vir aqui escrever qualquer coisa. A primeira que quero falar é nas tradições que existem à volta desta data. Gostaria de saber quem foi a pessoa que inventou a das 12 passas (passas de uva, atenção!) à meia-noite. E depois ainda há outra que envolve roupa, não é? Mas quem é que se lembra disto? Que mente perversa anda por aí a espalhar "tradições" ao pessoal? É que se ainda fossem tradições bacanas, agora isto? As pessoas precisam de ter algo para acreditar que por fazerem, o ano vai correr bem. É quase como aquelas pessoas "chatas" que continuam a mandar-me mails em cadeia a dizer que se não mandar para mais 3, 15 pessoas vou ter azar até ser avô! Porque é que essas pessoas não param, minha nossa?! Às vezes acho que a razão pela qual continuo a ter sempre a caixa de entrada a abundar desses estúpidos mails é porque devo ter falhado mesmo alguma corrente que fosse verdadeira... É que só pode, para merecer tal "castigo"!! Mas não me quero exaltar... Não sou exagerado. Epá! Já vos disse 40 milhões de vezes que não sou exagerado, hã!?!? Agora a sério, se ainda há pessoas que estejam aqui a ler isto e tenham o (péssimo) hábito de mandar mails daqueles que "toda a gente sabe", por favor, peço-vos aqui, para pararem. A gerência agradece (como dizia o outro).

Mas hoje queria-vos falar de algo curioso. Uma "cena" que presenciei hoje. Durante muito tempo, quando pessoas mais velhas (como vizinhos ou assim) me abordavam com "Olá! Tudo bem?" dava-lhes como resposta automática "Tudo bem obrigado!". Mas atenção, não era "Tudo bem, obrigado!". Era "Tudo, [pausa] bem obrigado!", sem me aperceber quase do que dizia. Mas era (e foi durante algum tempo) uma resposta automática à qual não dedicava sequer tempo a pensar nela e nem reparava nas pausas entre as palavras. Mas comecei a notar, quando mais respostas automáticas se foram apoderando de mim, literalmente. Por um lado não é mau. Mas por outro, torna-se inconveniente (à falta de melhor palavra) quando nos enganamos na resposta automática. Isto leva-me à "cena" supracitada (ena, já estava com saudades desta palavra) que assisti hoje. Na companhia de uma amiga, passa uma senhora de idade por nós na rua e pede-nos se não lhe poderíamos arranjar uma moedinha e a minha amiga, no seu ar mais natural, responde "Ah! Não obrigado!". Claro que não pude evitar de me partir a rir (coitada da "pobre" senhora) e até mesmo a minha amiga acabou por me imitar quando se apercebeu do que dissera. Mas lá está: a culpa é dos mecanismos automáticos que vamos desenvolvendo. Também já me aconteceu enganar-me e em vez de dizer "Desculpe" dizer "Obrigado" ou algo parecido... Claro que é bastante giro (às vezes!) ver a reacção das pessoas depois de um engano assim, mas fica mal...

Este assunto irá levar-me (mas num outro post, que este já está enorme e agora assim é que ninguém o lê mesmo) à enorme explicação, quiçá de todos os tempos, de porque é que há conflitos entre as pessoas e nas relações (quer amigáveis, quer amorosas) e tantas confusões e desentendimentos entre nós, humanos. Mas fica para outro "episódio". Não o percam, porque nós também não (onde é que eu já ouvi isto?)...


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Notícia de última hora, isto acaba de chegar. Enquanto escrevia este texto, estava a ouvir a Dona Marisa Cruz a dizer os números do euromilhões. Hoje calhei jogar, não costumo fazê-lo, só o fiz porque estava à espera de alguém que estava atrasada e decidi ir jogar para passar o tempo. Mas é uma treta, sabem? Joguei e saiu-me o 9º prémio. Já que acertei nuns números, ao menos que tivesse acertado em todos!! Agora sei lá quando é que a sorte me faz voltar a acertar outra vez em qualquer coisa... Bah!!! E, já agora, deixem-me que vos confesse isto: acho que os números em que joguei estão amaldiçoados, mas isso, isso é uma longa história...

quinta-feira

29 de DezNoveOito...


Ainda na semana do 'R', dou-vos hoje "resignar".
do Latim resignare
verbo transitivo, renunciar a; demitir-se de; abdicar de; exonerar-se;
verbo reflexo, conformar-se; ter resignação.


Bem, de facto voltei a fazer outras "férias", mas "ah e tal" é Natal, por isso, estou perdoado. Também não é como se houvesse aqui alguém à espera para ler o que escrevo, que nem sei como é que ainda não me congelaram a conta, depois de dizer tanta porcaria junta em tão pouco espaço. Mas deve estar para breve, continuem a ter esperança.
Sigo então para o meu assunto do dia. Hoje gostava de vos falar de cartões. Não seria a vida muito mais simples se houvessem uns cartões que nos livrassem de certas situações. Daqueles do tipo que havia no Monopólio, como o famoso cartão "Você está livre da prisão!". Mas agora para outras ocasiões do dia-a-dia. Por exemplo, esquecem-se da data de aniversário do gato da vizinha dela e estão logo em apuros. Mas não desesperem. Vocês têm um cartão "Você está livre de ser castigado por se ter esquecido de um aniversário!" em vosso poder e não têm medo de o usar. E voilá, estão safos. Ou outro exemplo, a tia-avó de uma amiga vossa faleceu e não sabem o que dizer? O cartão "Você está livre de ter de dizer algo sobre a morte de um familiar de uma amiga sua!" foi feito a pensar nessas situações. Ou ainda, têm uma amiga que não pára de vos chatear, é fácil: o cartão "Você está livre de ter de aturar a amiga chata!" resolve. Ou algo parecido, vocês acabaram de ter um encontro mesmo muito mau e têm de se despedir dela e não sabem como o fazer. Calma, acabam de ser salvos pelo cartão "Você está livre de ter de se despedir depois de um mau encontro!" e a única coisa que têm de fazer é vir embora. Imaginem as possibilidades! É claro que pelo caminho arriscamo-nos a levar nós próprios cartões do estilo "Vá directamente para o caraças, sem passar pela casa de partida e sem receber os 2 contos!" mas hey, faz parte do jogo que é a vida! De todos, aquele que eu mais gosto é o do "Erro no banco a seu favor!". É sem dúvida das melhores coisas que podemos ouvir. Isso e as gémeas belgas do 3º esquerdo virem tocar-me à porta a dizer que têm toda a roupa delas dentro da máquina de lavar que avariou e está a deitar água por todo o lado e a única peça de roupa que agora têm é aquele minúsculo avental com o qual vieram tocar à minha porta a pedir que lhes fosse arranjar a máquina... Mas não queria estar aqui a contar episódios pessoais do meu dia-a-dia, não é? Quer dizer, para essas coisas há blogs ou lá o que raio se chama...

Para finalizar, um cartão para vocês, leitores: "Você está livre de ter de ler o post!". Usem-no bem...

segunda-feira

5 de DizEmbro


Bem, acabei por não postar mais a semana passada, por isso hoje deixo mais uma palavra começada por 'Q' para depois passar à semana do 'R'.
A palavra é então "quiproquó":
do Latim quid proquo, uma coisa pela outra
substantivo masculino, confusão de uma coisa por outra; equívoco de palavras; facécia resultante de um equívoco.

E a que inicia esta semana é a "rabaceiro":
adjectivo, que gosta muito de toda a fruta; que come fruta verde;
popular, pândego.


Antes de começar, agradeço a um comentário que relata exactamente o espírito do "meu" blog. Quase que podia ser um post do mesmo. Espírito esse que é o de falar sobre coisas do quotidiano. Falo de um dos comentários do último post da minha suposta "titia" (o que quer que isso seja! [mas parece ser bom]).
Hoje, para ser do contra, vou mesmo falar sobre as melgas. E digo ser do contra porque, como normalmente nunca continuo o que disse que ia fazer num post anterior, hoje, para me opor a isso, vou mesmo falar sobre o que disse que ia escrever antes. O que eu queria falar era sobre quantos de vocês é que nunca se auto-infligiram ao tentar matar uma melga? Bem, para quem não me está a acompanhar, eu (des)troco isto: Quem é que nunca deu uma valente chapada (ou do estilo) a si próprio enquanto tentava acertar numa dessas melgas chatas? Ah pois, ninguém responde, não é? Já toda a gente o fez. Garantidamente...
Continuando na mesma onda de assunto, vou-vos agora falar de um mistério que nos apoquenta (esta foi nitidamente [mais esta!] p'ró plafond), a nós homens: o porquê de as mulheres não gostarem de barba. E acho que descobri, senão vejamos: as mulheres são (de uma maneira muito rebuscada) como criancinhas (não levem já a mal, se faz favor!) quando estão naquela idade em que querem tudo o que vêem nos outros meninos. Os homens beijam mulheres. Facto nº 1. Daí resulta que há mulheres a beijar mulheres, só mesmo para experimentar, porque é algo que os homens fazem e as mulheres querem imitá-los. Os homens têm barba. Facto nº 2. As mulheres não têm barba (okay, há velhotas lá na terrinha que têm, mas não contam!), logo odeiam a dos homens e odeiam ainda mais não poderem tê-la. Está finalmente explicado...

quinta-feira

1 de Dôzembro


Neste feriado de Restauração da Independência de Castela, venho aqui tentar restaurar o que sobra deste blog. Palavra do dia: "quiescente".
do Latim quiescente
adjectivo de dois géneros, que está em descanso ou repouso.


Bem, acerca do meu regresso, quero desde já agradecer ao Wiz por ter sido o único corajoso a dizer que o que eu debito realmente aqui é porcaria, para não dizer merda, como ele disse (e com razão). Mas eu sou o 1º a reconhecê-lo, por isso, até que cortem a minha conta ou me incapacitem de escrever, vou tentar continuar a fazê-lo. Da pior maneira que conseguir...

Acerca de hoje, não posso deixar passar incólume o melhor elogio que se pode fazer a uma rapariga, nos dias de hoje. E esse elogio é chamá-la de "bolachinha"! E se não fosse um bacano da minha turma a lembrarmo-lo, eu jamais ("jamais" é fofo!) surgiria com essa. Mas bem, retomando o assunto de hoje, quero-vos (a vocês, 3-5 pessoas que para aí andam que se enganaram no site) falar sobre filas. Sim, filas e não bichas. Hoje em dia, há uma conotação negativa (este plafond vai lá, vai!) na palavra bicha, por isso, doravante (chiça, isto hoje mesmo bom [já agora, "doravante" é daqui para o futuro, para aqueles que eu sei que sabiam]) vou usar o termo "fila". Já pensaram quanto tempo gastam em filas? Feitas todas as contas, no fim da nossa vida, deveremos ter passado um ou dois anos só em filas, não? Se somarmos todos os bocadinhos que estamos à espera de qualquer coisa, acredito que faça praí um anito. Digo eu! Mas como estar à espera numa fila sem nada para fazer é um bocado p'ró chato, nada melhor que falar alto, a ver se alguém responde e fala connosco de volta. No outro dia, lembro-me como se tivesse sido ontem - quer dizer, foi ontem! - estava eu mais um colega meu numa fila do Metro, para ir activar o passe para que ele faça BIP e acenda uma luz verde nas belas das camionetas da Carris, quando exclamo, em tom medianamente alto, que o Cartão Viva Lisboa estava a 5 euros, para meu espanto. Eu tenho ideia que, por ter sido dos primeiros a fazê-lo, não paguei nada, mas o meu colega tinha arrotado (palavras do próprio!) 5 "heróis" quando teve de fazer o dele. A conversa "chegou" ao senhor da frente que prontamente se virou e disse que cada vez isso andava pior. Eu concordei com ele e retorqui mesmo "São uns gatunos!" ao que ele disse, e passo a citar: "Não são nada! São é uns piratas, é o que eles são!! Cambada de piratas!!!" (repararam no número crescente de pontos de exclamação?). Tal saída não podia deixar de ficar guardada na memória e ser alvo de motivo de post aqui. Para acabar, só gostava de dizer que o "pobre" senhor esteve na fila tanto tempo e quando chegou à vez dele, não pôde ser atendido porque, apesar de ir fazer o mesmo que eu, não tinha a senha do próximo mês para poder activar o passe, por isso foi-se embora de mãos a abanar, mas com mais uns minutos de vida perdidos em filas. Estranho mas verdade!

Amanhã acho que vou ao assunto das melgas. E vai daí talvez não...