Coisas que mais ninguém sabe

sábado

30 'té q'enfim q'apareço


Bem (lá estou eu a começar frases com a mesma palavra), há já muito que não aparecia por aqui (também não é que tivessem tido saudades minhas...). Tenho tido que fazer mas, ao fim e ao cabo, não se consegue fazer nada de jeito. A palavra de hoje é bonita, é: "fedo".
do Latim foedu
adjectivo, feio.


E pensam vocês "Mas ó Fábio?" ao que eu vos respondo prontamente "Quié?", continuando vocês "Que raio de palavra para por..." com o que eu replico "Mas já viram como é em Latim?". Vocês vão rever e, em tom de espanto, proclamam "E pois é...". Mas isso foi só uma curiosidade das 'F' words. Já agora, digo aqui a solução da adivinha de ontem (cof cof cof): "a barba". Para amanhã (se não chover) fica (enquanto não vejo umas rubricas novas que me têm sugerido...): "Qual é o pronome, cujo plural não termina em 's'?".

Mudando drasticamente de assunto, conto-vos uma coisa que me aconteceu hoje, Sábado, quando saí de casa por volta das 11 horas. Mal ponho o pé fora da porta da rua, oiço algures lá de cima a exacta frase (mais coisa menos coisa, se a memória não me pregar partidas...): "Então o velho enforcou-se lá na varanda, sozinho... Teve aí a ambulância às tantas da noite...". Noutra voz (a de uma vizinha minha): "Então mas foi aquele que estava aí a ambulância todas as noites? Para estar assim também... Mas enforcou-se?". A voz anterior: "Foi. Foi encontrado com uma corda à volta do pescoço. Prendeu-a lá na varanda...". E fui-me embora, a olhar para cima para donde vinha a conversa, meio confuso com tudo o que se tinha passado na madrugada de hoje. Minutos mais tarde, na paragem, oiço um um vizinho meu também (pura coincidência) a falar com alguém (provavelmente lá da rua também, mas não faço ideia de quem fosse) que estava também na paragem, sobre o tal velho do prédio em frente ao do "não-sei-quem", que se tinha enforcado ontem. O senhor da paragem desconhecia tal ocorrência (eu também só sabia há minutos...) e essa notícia levou-o a falar do sapateiro "aqui do bairro", que também tinha falecido há uns dois dias atrás. "E a gente cá vai ficando..." desabafou, no fim... Tanta conversa sobre o velho que se suicidou, levou-me a pensar, naqueles minutos em que se está à espera da camioneta e não se faz mais nada, em como é preciso coragem para uma pessoa terminar com a sua vida mas que, por muita coragem que isso leve, é a maior cobardia que se pode ter. Por termo à própria vida, por muito má que ela esteja (não faço ideia da idade do "velho", dos problemas que tinha ou não tinha [quer de saúde, quer quaisquer outros], nem sequer sei quem era o homem...), é a forma mais cobarde de resolver os problemas. Claro que, é apenas a minha opinião e espero (mas espero realmente), caso algum dia se precisar, vir aqui ler isto e lembrar-me do que disse. Lembrem-se: "A vida é bela..." (... nós é que damos cabo dela!).

quarta-feira

27 da feira


Para hoje temos "fremir".
do Latim fremere, fazer ruído
verbo intransitivo, bramir, rugir; tremer, estremecer; vibrar;
figurativo, vibrar de entusiasmo, de comoção, de alegria; estremecer de raiva.


A pedido de muitas famílias, vejo-me compelido (se não sabem o que é "compelir" [deviam saber, porque já apareceu no blog!!!] procurem na semana do 'C', algures por perto da conversa com o zebra) a voltar às adivinhas. Apenas deixei de as colocar pois tive "reclamações" pelas adivinhas serem um bocado (...) e então para continuar com uma rubrica desapreciada (p'ró plafond!) mais valia não as pôr... Mas querem que eu volte a elas, eu volto! Só que depois não venham cá dizer que eu não vos avisei...

Então, por fazerem questão, aqui fica a adivinha para amanhã (se não chover...): "Só a faz quem já a tem, pois quem não a tem não a faz; se a tem pode não fazer, se a fizer já não a traz. O que é?".

Bem, hoje decidi finalmente ir ver o que é que é aquilo do "Hi 5!". Tantos e-mails a chatear para aderir, que este meu amigo ou amiga já tem, e que agora podes tu também aderir e juntar-te à "rede" e blá blá blá que eu fui lá ver o que é que eles queriam. Pedem para registar com um nome e uma password e depois, subtilmente, pedem a pass do hotmail (ou do género, se lhe dermos um e-mail com conta passaport que dê p'ró msn) com o pretexto de que é para verem quem é que dos nossos contactos do msn temos ligados à rede "Hi Five!". Ora, não queriam mais nada, não? Vou mesmo dar a minha pass aqueles gajos... E o pior, é que há pessoas que dão. Depois admiram-se que lhes leiam os e-mails ou mudem a conta... Enfim, saltei esse "pedido" e continuei com o meu perfil. Lá acabei por meter umas fotos e tal... Deixo aqui o link, já agora, se quiserem ir "cuscar" o perfil de lá ou assim... Acho é que é preciso serem registados para poderem ver a "minha" conta no Hi5...

terça-feira

26 de lirbA


Ontem, 25 de Abril, tomei a liberdade de não «postar» nada. Mas como já mudámos de semana, mudemos também de letra, passando para a 'F'. E, para hoje, temos então "fajardo".
substantivo masculino (popular), ladrão hábil; traficante; tratante; troca-tintas.


Estamos na semana da "minha letra", como dizia o meu irmão mais novo, quando começou a aprender as letras e a escrever, quando via um 'F' e sabia que o meu nome começava por essa letra, dizendo logo que era a "minha letra", tal como o 'A' era a dele. Hoje já lê, ainda com alguma lentidão e uns errozitos, mas já lê. Alex, Alex... 'Tás cada vez maior... E eu cada vez mais velho. E ainda noto melhor isso quando vejo algum miúdo que conhecia do A.T.L. em que eu costumava ir para lá jogar à bola com os miúdos de lá, que quando já eu andava na preparatória, ainda ele andava na primária e era chavalito, muito pequeno e, agora, está quase maior que eu. Cresceu bastante e ficou mesmo alto, comparado com o tamanho que ele tinha. Já quase que não o reconhecia, mas a cara não mudou e ele também ainda se lembra de mim. Vê-se mesmo que estou a ficar velho... Os miúdos que eu estava habituado a ver "lá em baixo", pequenos, hoje estão altos e quase homens feitos... As miudinhas pequeninas que brincavam com "Barbies" e isso, hoje estão aquelas pitas que se começam a vestir para chamar a atenção dos rapazes, já usam maquilhagem e começam-se a desenvolver (no meu tempo, não se desenvolviam à velocidade das de agora, ou então, se se desenvolviam, éramos nós que não reparávamos, ou [ainda] não queríamos saber, visto que só queríamos era jogar à bola e ver o "Dragon Ball"...) a um ritmo (não digo alucinante, mas...) bastante rápido. É como um amigo meu diz (e diz bem): "Parece que agora lhes metem adubo...".

domingo

24 ao contrário


A palavra de hoje (domingo, hein...) é: "encarrar".
verbo transitivo, pôr no carro; carregar o carro com.


"A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás para a frente.
Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.
Daí viver num asilo, até ser chutado p'ra fora de lá por estar muito novo.
Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar.

Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante p'ra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante, faz festas e se prepara p'ra faculdade.

Você vai p'ró colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta p'ró útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando...

E termina tudo com um óptimo orgasmo! Não seria perfeito?"


Charles Chaplin

sábado

23 o caneco...


A palavra é "escanchar".
verbo transitivo, abrir muito as (pernas); abrir ao meio; separar; escachar;
verbo reflexo, escarranchar-se.


Um gajo acorda com a maior das ressacas, com um olho dorido, vira-se e ao lado da cama há um copo de água e duas aspirinas. Olha em volta e vê a roupa passada e pendurada. O quarto está em perfeita ordem. Há um bilhete da mulher: "Querido, deixei-te café pronto na cozinha. Fui ao supermercado. Beijos."
Ele desce e encontra um granda café à espera dele. Pergunta ao filho:
- O que é que aconteceu ontem?
- Pai... Tu chegaste às 3 da manhã, completamente bêbado, vomitaste em cima do tapete da sala, partiste móveis e deste cabo do olho ao bater contra a porta do quarto...
- E porque é que está tudo arrumado, café feito, roupa passada, aspirinas para a ressaca e um bilhete amoroso da tua mãe?
- Bem, é que a mãe arrastou-te até a cama e, quando te começou a tirar as calças, tu gritaste: "Não faça isso, largue-me, largue-me. Eu sou casado, socorro!"

sexta-feira

22 de Mars


Hoje, temos uma palavra escolhida completamente ao acaso: "estudar".
verbo transitivo e intransitivo, aplicar a inteligência ao estudo; analisar; observar atentamente; aprender; meditar; preparar; simular; afectar;
verbo intransitivo, aplicar o espírito, a inteligência e a memória para adquirir conhecimentos, andar em estudos;
verbo reflexo, observar-se; aprender a conhecer-se.


Completamente ao acaso... Não haja dúvidas... Bem, ontem vi uma lista de coisas mais ou menos engraçadas que, supostamente, se devia saber antes de se morrer:
1- O nome completo do Pato Donald é Donald Fauntleroy Duck.
2- Em 1997, as linhas aéreas americanas economizaram US$40.000 eliminando uma azeitona de cada salada.
3- Uma girafa pode limpar suas próprias orelhas com a língua.
4- Milhões de árvores no mundo são plantadas acidentalmente por esquilos que enterram nozes e não lembram onde as esconderam.
5- Comer uma maçã é mais eficiente que tomar café para se manter acordado.
6- As formigas espreguiçam-se pela manhã quando acordam.
7- As escovas de dentes azuis são mais usadas do que as vermelhas.
8 - O porco é o único animal que se queima com o sol, além do Homem.
9- Ninguém consegue lamber o próprio cotovelo, é impossível tocá-lo com a própria língua. [isso é mentira, acreditem! A verdadeira frase seria "(...) «trincar» o próprio cotovelo"]
10- Só um alimento não se deteriora: o mel.
11- Os golfinhos dormem com os olhos abertos.
12- Um terço de todos os gelados vendidos no mundo é de baunilha.
13- As unhas das mãos crescem aproximadamente quatro vezes mais rápido que as unhas dos pés.
14- O olho da avestruz é maior do que o seu cérebro.
15- Os destros vivem, em média, nove anos mais do que os canhotos. [espero bem que sim... Quer dizer, não é nada contra os canhotos...]
16- O "quack" de um pato não produz eco, e ninguém sabe porquê. [ou pelo menos nós, humanos, não o conseguimos ouvir...]
17- O músculo mais potente do corpo humano é a língua. [eu acho que é o coração, que bombeia sangue comó catano...]
18- É impossível espirrar com os olhos abertos.
19- "J" é a única letra que não aparece na tabela periódica.
20- Uma gota de óleo torna 25 litros de água imprópria para o consumo.
21- Os chimpanzés e os golfinhos são os únicos animais capazes de se reconhecer na frente de um espelho.
22- Rir durante o dia faz com que você durma melhor à noite.
23- 40% dos telespectadores do Jornal Nacional dão boa noite ao jornalista no final. [por acaso, já apanhei muita gente a fazê-lo...]

Curiosidade: Aproximadamente 70 % das pessoas que lêem isto, tentam lamber o cotovelo! (Não me responsabilizo por alguma das "coisas" ser incorrecta, visto não ter feito qualquer tipo de verificação [a não ser a do cotovelo]...)

Com isso vos deixo. Um bom (para não dizer óptimo) fim-de-semana.
E agora, visto ter teste amanhã (sim, a um Sábado!), vou-me embora que tenho de ir analisar a quarta matemática...

quinta-feira

21 qu'isto nunca mais acaba


A palavra do dia de hoje é, nada mais nada menos que, "estereótipo".
do Grego sterós, sólido + týpos, tipo
substantivo masculino, obra estereotipada; impressão por estereotipia;
figurativo, opinião preconcebida, difundida entre os elementos de uma colectividade; lugar-comum; chavão.


Já apaguei uma data de vezes o que escrevi porque não me está a sair nada de jeito. Ter-se-á ido a inspiração toda (se é que alguma vez existiu)? Queria hoje falar sobre pessoas que vêem outras pessoas a comprar coisas num super-mercado e deixam-se influenciar por essas escolhas de outros. Queria também escrever de como uma pessoa a falar para uma máquina gravadora de voz (para o voice mail, por exemplo) parece que deixa de saber falar e o que quer dizer. Queria referir aquelas vezes em que o dia nos está a correr tão mal e que, pior, só se começasse a chover e, no instante seguinte, começa de facto a chover. Queria falar de... Tanta coisa, mas hoje está mau. Ah! Não me sai nada hoje... Falem vocês, para variar um bocado...


EDITADO: Reparei agora que, neste grande blog http://webcedario.blogspot.com/, "ganhei" um post dum diálogo inventado para uma imagem que foi a concurso (Dário Award). Fiquei contente por ter "ganho" um link aqui para o meu o "meu" blog. É a imagem das "Invejosas!". Mas nem mesmo assim me vou alegrar muito visto que, das várias imagens que enviei para lá, duas não tinham sido ideias originais minhas e, por "sorte", a que ganhou qualquer coisa foi uma das que não tinha sido criada por mim, mas sim pela "comentadora oficial" aqui do blog. Por isso, se há créditos a atribuir, são para ela e para a sua ideia, que eu enviei como sendo minha. Ficam, portanto, aqui atribuídos os devidos créditos à respectiva merecedora.

quarta-feira

20 do que tu queres sei eu


A palavra de hoje é "escarcéu".
substantivo masculino, grande onda ou vaga quando está o mar revolto; onda alterosa; vagalhão;
figurativo, celeuma; alarido; zaragata.


Ora, isto de se comentar e não dar a cara, é d'Homem, não haja dúvida. Para quem costuma comentar anonimamente, existe uma coisa que é algo como "other", quando pede para como quer deixar o comentário. É a opção do meio, por baixo de "login" e antes de "Anonymous". Estou a dizer isto não para ti, Patrícia, que comentas "anonimamente" mas deixas as iniciais para eu saber quem és, mas para aquelas personagens que fazem comentários lá com a razão deles, mas não dão o nome. Com isso, só vos deixo essa frase: "Odeio pessoas que não dão a cara." (Anónimo).

terça-feira

O verdadeiro 19 de Cabril


Herrar é umano. Ontem enganei-me, acontece. Obrigado Patrícia pela correcção. Afinal, ainda há pessoas que lêem com atenção o que está escrito e detectam erros. E não vou dizer que foi de propósito para ver se vocês estavam com atenção, porque não foi - e mesmo que tivesse sido, já disse que não o ia dizer, por isso... Passando à frente, temos como palavra de hoje "exímio".
do Latim eximiu, tirado da multidão.
adjectivo, insigne; notável; eminente; superior; habilíssimo.


Esta é dedicada a todos os homens que decerto já passaram por isto. Quando a vossa amiga (ou o que seja) está a falar com vocês e estão sozinhos, a contar-vos uma história qualquer ou um episódio da telenovela que é a vida dela e vocês pura e simplesmente couldn't care less (não podiam se interessar menos). O cenário é esse, um café, vocês os dois, numa mesa, frente a frente, a meio de uma "conversa". E está ela:
- ... mas no outro dia a melhor foi esta: Vai a Marta e diz-me que...
Outra vez a falar sobre a Marta... Meu Deus, isso já deve é ser obsessão. A Marta isto, a Marta aquilo... Bolas! No fundo, deve é ter algum desejo profundo muito secreto de ter algo íntimo com ela. Ui, isso é que seria óptimo. 'Tou mesmo a imaginá-las, num quarto as duas, a dizerem uma p'rá outra que nunca pensaram estar onde estão, mas o sonho é meu por isso não podem fazer nada quanto a isso. A Marta vai e tira suavemente o soutien da amiga que a agarra e se prepara para lhe dar um valente beijo...
- E ela ainda tem a lata de me dizer isso! - quase que me grita ela, desfazendo o meu "sonho" delas as duas - Quer dizer... Ela fez o que fez e depois ainda me atira isso à cara... Mas eu não me fiquei... Fui lá e disse-lhe...
Epá, que ganda loira que acabou de entrar! Minha Nossa senhora, aquilo era já a seguir. É que era já a seguir, como se diz agora...
- E sabes o que ainda lhe disse depois? - interrompe-me ela novamente os pensamentos
- Não, o quê? - pergunto eu com o ar mais interessado que sei pôr
- Chego perto dela e digo-lhe que...
Oi, ela descruzou as pernas... Ah, bolas! Não vi... Rais partá loira que tinha de meter o raio da mala à frente...
- Bem, havias de ter visto a cara dela quando lhe disse isso...
- Imagino... - digo eu, enquanto imaginava era o que estava por baixo da saia da loira
- Depois veio uma amiga dela dizer-me que...
Wow, ela levantou-se... Meu Deus... Que corpo... Que roupas... Que belas roupas, sim senhora! Aposto que ficavam ainda melhor amarrotadas no chão do meu quarto... Aí é que ficavam mesmo bem...
- A amiga! Tu acreditas nisso? A amiga dela disse-me isso...
- Txii!! - replico eu, fingindo que era para o que a amiga lhe tinha dito, quando na verdade era p'rá loira que se tinha acabado de sentar da forma mais sensual que uma loira 747 como aquela se pode sentar...
- Mas eu não me fiquei, também lhe respondi à letra! Perguntei-lhe logo porque é que não...
Ice tea de limão. A loira está a beber um Ice tea de limão. Eu também! Meu Deus, temos tanto em comum! Tenho de lhe ir lá dizer alguma coisa. Tenho de ir... Chego lá, digo-lhe que sou o...
- Ela aí ficou sem resposta! Ai não que não ficou...
- A sério? - pergunto eu com o aquele ar de espantado, mas não que quisesse realmente saber
- A sério! Ficou sem saber o que dizer e foi-se embora - até qu'enfim, pensei logo
- Bem, tu... Não dás hipóteses... - digo eu como se estivesse estado com a maior das atenções à conversa toda
- Metem-se comigo é o que dá... Mas ouve, que ainda falta o melhor...
Ainda não acabou? Bolas... Sempre dá para ir cuscando mais um bocado a loira. Está a ler... Hmm, que é que será que está a ler? Será um romance? E está numa parte em que a heroína conhece um tipo e eu agora chegava lá e dava-me a conhecer... Bem, era mesmo bacano, alto timing que era. Mas não, não me parece ser um romance. Será algum livro para enriquecer a cultura? Muito fixe, uma loira bonita e culta. Sim senhora, era de valor. A ler para aumentar a sua cultura... Ou será que é ficção-científica? Ou terror, será que é terror? Adoro terror, será terror? Aposto que é terror e que está numa parte em que está p'ra perto um susto e eu chegava e assustava-a, sem querer, como é óbvio. E aí tínhamos um belo ponto de partida para uma conversa. Ela começava a contar-me a história, eu dizia o quanto adoro terror e partilhávamos histórias mutuamente conhecidas e eu falava-lhe naquele filme novo que está agora no cinema e andava mortinho por ir ver e perguntava-lhe se ela já tinha visto. Porque é que ainda não, se era porque o namorado não gostava de filmes de terror ou não a queria levar. Ela aí dizia que não tinha namorado, era a minha deixa de lhe oferecer um bilhete para irmos os dois ao cinema. Ela aí dava-me o número (era da minha rede, mesmo a calhar!): 96713...
- E acabou com ela a dizer-me isso... - diz ela, começando a rir - Já viste bem? - solta mais um riso - Quer dizer...
- Pois... - deixo-me eu também rir, visto que parecia ser para rir - Há com cada uma... Isso só a ti...
- Enfim... - recuperava ela daquele riso trocista - Deixa lá... Já passou. Já contei isso a alguém, já deu gente se rir e tudo...
- Pois, é isso. Deixa lá isso... Olha, sabes de algum filme bom de terror que esteja agora no cinema?
- Não... Porquê?
- Hum? Nada... Lembrei-me assim de repente...
Aposto que era terror...

segunda-feira

ex 19 de Cabril [enganei-me, era para ser dezaoito]


Mudam-se as semanas, mudam-se as letras. Para esta temos então, como seria de se esperar (e desesperar), a letra 'E', não é? Como palavra temos "emaciar".
do Latim emaciare
verbo transitivo e intransitivo, tornar muito magro; emagrecer extraordinariamente.


Posta a palavra, hoje vou novamente fazer o obséquio de não escrever muito. Deixo apenas estas primeiras linhas, para que os que apenas só lêem essas ficarem a par do que se passa. E, como homem que é homem não acaba uma frase, vou deixá-la a me

sexta-feira

15 de uma coisa qualquer


A palavra é "decesso". O post está em baixo.
do Latim decessu
substantivo masculino, óbito; morte;
Antigo, partida; saída de um cargo.

Mortinho Às Quinhentas


Epá, ele há frases... Por exemplo: "Deitar? Qual quê? Ficaram foi até às quinhentas...". Alguém me diz quem é que foi o inventor dessa bela expressão? "Até às quinhentas"! Mas quem é que se lembrou disso? Sabem-me dizer? - a sério, se souberem, mandem-me um mail ou assim - Quem é que terá sido a primeira pessoa a usar isso? - não vão ao google procurar isso se faz favor, eu sei que parece daquelas coisas que o dito (não confundir com "ditoso" [palavra de ontem] que é quem tem sorte, etc.) site gosta de pôr em alguns banners (aquela publicidade na Internet), como "qual foi o primeiro dinossauro?" e "quanto tempo tem a Terra?" e coisas assim, mas não vão lá procurar isso - Qual terá sido aquele gajo (ou gaja, quiçá [palavra chiquérrima!]) que se lembrou de usar isso numa frase para aquele sentido? Ficar a pé até às quinhentas... Mas que nexo ou lógica é que isso tem? Está bem, quinhentas são muitas (se fossem belgas [não as de comer, embora seja nesse sentido que aqui ponho tal referência] e fizessem fila para entrar em minha casa, está bem, pronto, eram muitas [ah, eram algumas, vá...], mas se fossem quinhentas moedas de um cêntimo, já não era nada [sempre eram 5 euros, mas 5 euros já não dão para nada - ou quase nada - hoje em dia...] ou se fossem quinhentas gramas - aliás, não estou a empregar correctamente o género, pois, visto que "grama" é uma medida, deveria ser usado o género masculino e a frase correcta seria "quinhentos gramas" [se não sabiam, aprendem agora. E até podem ir ao dicionário confirmar], como seria se fosse com o Metro, Volt, Ohm, Joule, etc., mas não me estava a ocorrer mais nada para continuar o meu ponto de vista, por isso foram as quinhentas gramas - de bife, também não eram quase nada, por isso, é muito relativo essa ideia das "quinhentas".

Outra que costumo ouvir muito (ou ler, como até foi o caso que me despoletou a lembrança dessa frase) é: "Estou mortinho para ir ver esse filme", "(...) para comprar isso", "(...) para fazer isso", "(...) para ir para a cama", "(...) para chegar a casa", "(...) para «inserir aqui a sua coisa preferida que pretenda fazer o mais rapidamente possível»". Quem terá sido (mais uma vez) o belo génio que se lembrou de usar essa expressão? Que pessoa com mais "sem nada para fazer" é que terá visto que ficava giro dizer tal coisa? Giro? Bonito? Pá, bonito bonito, são os [censurado] a bater no [censurado]. Maravilha maravilha, é tirar da mãe e pôr na filha. Feio feio, é o [censurado] murchar a meio. Desleixo desleixo, é deixar os [censurado] bater no queixo. E por aí fora...

Quem é que terá inventado tais expressões (não me refiro a estas últimas - pois, como toda a gente sabe, estas foram [ou não!] inventadas nalgum arraial ali para os lados da Alameda, ou coisa que o valha - mas sim àquelas duas supracitadas antes dessas)? Quem terá sido o autor dessas e outras - que agora não me apetece incluir mas, se as tiverem presentes com vocês (ou se se lembrarem daqui a algum tempo), digam-mas ou "comentem-nas", que eu não agradeço, mas talvez pense nelas - expressões tão (im)populares? Quem terá sido o seu criador? Será que foi aquele tipo do "Gato Fedorento" que diz ser o "inventor de tudo"? Terá sido a Manuela Moura Guedes (que, para aqueles que não sabem [se tal for possível], é a apresentadora do... Sim! Isso mesmo! Do Jornal Nacional! Vêem como chegaram lá?)? Terá sido o Cavaco Silva? Terá sido o Tony Carreira? Ou terá sido o General Mustard com o candelabro na cozinha? [restricted - para não dizer private - joke]

Hmm... Não sei. O que sei é que amanhã vou pegar naqueles belos 5 euros e vou ver aquele filme que ando mortinho p'ra ir ver. Mas só vou à sessão da meia-noite, que é para sair de lá às quinhentas!

quinta-feira

14 de Abrulho


Palavra do dia: "ditoso".
adjectivo, que tem dita [sorte]; feliz; venturoso; afortunado; abençoado; favorável; propício.


"Amo-te muito". Acho que já todos ouvimos (ou lemos) isso em algum lado. Até já o podemos ter dito e tudo, mas, creio eu, de certeza que já o ouvimos alguém dizer. Então e um "Amo-te pouco". Já ouviram alguém dizer? "Hmm... Sabes, eu... Amo-te pouco. É, não te amo muito... Gosto de ti, mas não o suficiente para um «Amo-te» normal e muito menos para um «Amo-te muito». Acho mesmo que te amo pouco." Quantos níveis haverão de «Amo-te's»? Amo-te pouco. Amo-te um bocadinho. Amo-te um bocado. Amo-te um bom bocado. Amo-te medianamente. Amo-te pura e simplesmente. Amo-te um bocadito. Amo-te um bocado bom. Amo-te um bocado consideravelmente grande. Amo-te «bué». Amo-te «buéréré». Amo-te muito (1ª vez que vejo!). Amo-te tanto. Amo-te demais. Será que é possível amar-se demais? "«Môr», amo-te tanto tanto mas tanto, que acho que te amo demais, por isso é melhor ficarmos por aqui e acabarmos." Daí achar que a solução está em amarmos pouco. Não querermos logo amar muito de uma só vez. Ir amando pouco a pouco. Com calma. Um bocadinho aqui, outro ali... Porque se amarmos logo muito de uma vez, corremos o risco de amar demais e, como sabem, tudo o que é demais... Por isso, não amem muito. Amem só um bocadito e digam isso: "Amo-te um bocado".

"E que bocado?" estão vocês a pensar, não é? Que nem homens das obras, a mandar aqueles piropos: "Amava-te um bocado, amava....". Agora que penso nisso, os piropos lançados dos sítios em construção e as buzinadelas dos carros, foram as melhores ideias que o homem já teve até agora para chamar a atenção das mulheres... Parece que não evoluímos depois disso. Acham mesmo que por buzinarem a uma mulher bonita ela irá atrás de vocês? Vai tirar os saltos altos e puxar a saia um bocado para cima para correr melhor atrás do vosso carro até ao próximo vermelho e chegar ao pé do vosso vidro e dizer: "Ainda bem que buzinaste. - com uma respiração ofegante - Eu não sabia que sentias isso por mim..."? Eu acho que não.

quarta-feira

20 de Marceiro - parte 4, take 7, cena 9


A palavra para hoje é "debalde" (facto curioso do dia: o segundo sinónimo não consta do dicionário...).
advérbio, em vão; baldadamente [?].


Final alternativo (número 2) de uma história anterior (sim, a do euromilhões).
Começa a partir do (*) algures no meio de uma outra «postada».


(...)
- Epá, sabes aquela cena que eu te queria falar?
- Sim, aquilo que tinhas para me dizer...
- Yá, isso... É que... Ela vai para fora durante uns tempos... Entre 6 meses até sabe-se lá quando...
- Para fora?
- Sim, foi isso que eu disse...
- Sim, mas para onde? - questiona ele, com a cara de espanto número 4.
- Para a Bélgica...
- Bélgica?
- Não foi o que eu disse? - pergunto eu, um pouco irritado (aquele gajo às vezes também...)
- Ok, ok, não precisas de embirrar comigo...
- Eu sei, eu sei, desculpa, não tens culpa de nada disto. Eu é que ando enervado com esta cena toda.
- Imagino... Uma rapariga como aquela, que...
- Sim, ok - interrompo-o eu - já todos sabemos. Não vais começar a falar dela outra vez, vais?
- Pronto, está bem, estava só a pensar...
- Pois, o problema é esse... - murmurei para mim, apesar de ter deixado escapar qualquer coisa cá para fora
- Hein? Que é que disseste? - perguntou ele, como quando se parece ter ouvido qualquer coisa, mas não se tem a certeza
- Nada, nada... Pelo menos que que queiras ouvir... - murmurei eu de novo
- Hum, ok. Mas conta lá porque é que ela vai para fora...
- Estágio.
- Estágio?
- Mas tu não ouves bem ou gostas de repetir o que eu digo?
- Eu oiço bem...
- Então para que é repetes o que eu digo em tom de interrogação?
- Que tom?
- Nesse tom... - digo eu, pondo a minha cara de evidente número 2 e como se estivesse a dizer duh!
- Hã? Que tom?
- No tom de quem faz uma pergunta. Bolas que tu!...
- Ah! - finalmente ele tinha percebido - 'Tão... Porque fiquei espantado e queria saber mais...
- Mas então não repitas cada palavra que eu digo... Está bem?
- Está bem!
- Óptimo... Como eu estava a dizer, ela vai para um estágio qualquer na Bélgica aprender a... - e deixo isso suspenso no ar por uns instantes
- Sim... - ele estava a melhorar. Ao menos não tinha repetido o que eu disse, pensei eu
- Aprender a fazer melhor aquilo que ela faz...
- Aquilo que ela faz?
- Olha, não falo mais contigo! Amanhã conto-te o resto se não continuares a transformar aquilo que eu digo em perguntas!
- Mas... O que é que?... Que foi que eu?...
- Tchau! Até amanhã!

terça-feira

20 de Marceiro - parte 2, take 3, cena 5 e 1/2


A resposta à pergunta de ontem é "a luva" e a palavra de hoje é "degelar".
verbo transitivo e intransitivo, derreter ou derreter-se (o gelo);
figurativo, fazer perder a rigidez; abrandar, amolecer, aquecer.


A continuação (e ligeira modificação) do final alternativo (número 1) desta história.


Voltando então atrás...

(...)
- Epá, sabes aquela cena que eu te queria falar?
- Sim, aquilo que tinhas para me dizer...
- Yá, isso... É que... Ela acabou comigo...
- Acabou contigo? Acabou contigo!? Acabou contigo como???
- Tão, virou-se para mim, com aquelas tretas do costume, que o problema não era eu, era ela e que devíamos dar um tempo porque já não era bem como no princípio e que blá blá blá...
- Yada yada yada, né?
- É... - suspirei eu, deixando o som diminuir enquanto se aproximava do fim
- Então e agora, man?
- Agora não sei... Quer dizer, sei. Sei que alguma coisa vou ter de fazer. Não vou ficar de braços cruzados a vê-la ir-se embora da minha vida.
- Wow! Essa cena é profunda! Devias dizer isso era a ela!
- Pois devia... Mas não sei se sou capaz...
- Não sabes se és capaz? Tu? O "Sr. Eu-Não-Tenho-Vergonha-De-Dizer-O-Que-Quer-Que-Seja-A-Uma-Rapariga" não sabe se é capaz de dizer uma coisa à própria namorada?
- Ex-namorada...
- Porque tu não vais atrás dela e lhe dizes o que me acabaste de dizer e mais umas quantas coisas...
- Oh! Que é que tu percebes disso? Não é fácil! Não é nada fácil!
- Pois não. Mas nada é fácil. Nenhum relacionamento o é. São todos um caso à parte, cada um à sua maneira. Nuns há umas coisas, noutros há noutras...
- Estás a ser extremamente elucidativo. [se esta não foi p'ró plafond, então não sei...]
- Epá! O que eu te estou a tentar dizer é que cada relacionamento tem as suas coisas. Más e boas, mas, para além disso, tem a sua própria maneira de ser. Como começou, porque começou, que confusões já houve, que confusões foram evitadas, o que já aconteceu, o que está para acontecer, etc.. E claro que muitas têm a sua maneira especial de serem tratadas. Não há uma solução genérica para isso. As rosas e chocolates e aqueles cartõezinhos... Epá, talvez resultem, mas não digo sempre...
- Sim, realmente, quando vemos um tipo sozinho com flores na mão sabemos logo que já fez asneira...
- E se estivermos a ver isso com "ela" ao lado, é certo que vai fazer aquele "Oh!" tão suave e subtil e dar-nos uma cotovelada como quem diz "Vês tão querido que é! A mim não me ofereces tu flores..." enquanto nós pensamos "'Tás tramado, meu... Deves ter feito asneira e da grossa! Boa sorte..."
- Yá... - e esbocei um ligeiro sorriso - Nisso tens razão...
- Vá, anima-te que eu vou-te ajudar a dares a volta à situação.
- Ai é? E como esperas tu fazer isso? Posso saber? Só estou um pouco curioso, não é? Visto tratar-se da minha namorada...
- 'Tás a ver? Ouviste-te agora?
- Hein? Que foi que disse?
- "Da minha namorada"! 'Tás no bom caminho... Olha, o que tens a fazer, nesta fase, é muito muito simples... Começa por lhe mostrar como irá ser a vida dela sem ti por perto. Vai até lá onde ela trabalha e diz-lhe isso. Começa por fazer conversa, levantando subtil e agilmente as pequenas coisas que faziam quando estavam juntos (para além disso, é claro!) e que ela gostava imenso. Vais ver que vai ficar toda nostálgica e a ter dúvidas se devia ou não ter acabado contigo...
- E depois disso?
- Depois, meu caro amigo, faz de conta, mas não exageres, senão deitas tudo a perder, de que não vais sentir saudades disso e que foram bons momentos mas que acabaram... Não porque quisesses, mas que, visto terem acabado, há que seguir em frente...
- Ah... Como a do "foi bom enquanto durou... Mas olha, agora já acabou..."
- Exacto! Ela vai pensar nesses bons tempos, vai ficar com dúvidas, vai ver que até gostavas desses momentos e, estranhamente, ela também gostava. Vai ficar com remorsos, segundos pensamentos, vai ver que não devia ter acabado contigo e em menos de 24 horas está a convidar-te para ir beber café ou para passares lá para conversar ou qualquer coisa do género.
- Hmm! E se isso não resultar?
- Se isso não resultar? Então aí passamos ao plano B.
- E isto é o plano A, certo?
- Não, isto é uma ideia que tive há pouco... Claro que isto é o plano A.
- E se não resultar, passamos ao B?
- Como é óbvio e lógico...
- E, não sei, chama-lhe curiosidade, existe plano C?
- Isso, meu amigo, já só mesmo em último recurso... É de evitar o plano C.
- Ai é? Então porquê?
- Nem queiras saber...
- Não, conta lá! Que mal poderá fazer? Pior que estou não posso ficar. Posso?
- Não sei... Talvez... Mas ouve, tenta primeiro o plano A e depois se não funcionar, pede-me o B.
- Porque não me dizes já...
- Estás doido? Nunca saber o plano B antes de se ter concluído o plano A com a correcta e necessária precisão que este assim o requer.
- Porquê?
- Porque podias estragar tudo e depois nem o plano C te salvaria...
- Como é que eu estragaria tudo sabendo o B antes de acabar o A?
- Porque estarias tentado a juntar os dois. Poderias enganar-te. Cometer um ligeiro erro e misturá-los e aí, meu amigo, aí, seria o fim!
- Por me ter enganado com os planos?
- Sim. Por te teres enganado com os planos.
- Se tu o dizes...
- Acredita que é verdade...
- E como sabes tanto desses planos?
- Isso... Isso é um segredo que está para além daquilo que de mais secreto possas imaginar...
- Não queres dizer, é?
- A seu tempo... A seu tempo...
- Então tento o plano A e depois pergunto-te o B?
- Se o A não der...
- E se o A der?
- Então ficas satisfeito. Recuperas o que querias.
- Mas fico sem saber o B?
- Sim, mas o A já te ajudou, para que queres o B?
- Sim, realmente tens razão, mas gostava mesmo assim de saber o B.
- Epá, então eu conto-te o B, quer tenhas conseguido com o A ou não, ok?
- Está bem.
- Mas só depois de teres posto o A em prática, ouviste?
- Sim sim... Eu sei... Senão blá blá blá...
- Nunca te esqueças disso...
- Está bem, está bem... Estou a ver que percebes bastante sobre mulheres e relações...
- Um bocado... Olha, estou aqui entalado nestas palavras-cruzadas. Diz-me aí uma palavra com quatro letras que descreva um sentimento entre duas pessoas...

segunda-feira

11 de Mabril


Outra semana, outra palavra. Começando então com a semana do 'D', temos "dicotomia".
substantivo feminino, divisão em dois ramos ou pedúnculos; classificação que se baseia na divisão e subdivisão sucessiva em dois; fase em que a Lua apresenta metade do seu disco.


Hoje, deixo-vos um texto que, apesar de também estar noutro blog que aqui refiro (do lado direito na secção dos Links), e não apenas por ser de quem é, diz muito para nós, homens, e, com alguma sorte, pode ser que diga algo a vocês, mulheres. De notar ainda que o texto original me chegou há já algum tempo também por e-mail.
Eu normalmente costumo odiar aqueles estúpidos e-mails a dizer coisas estúpidas enviado para todas as pessoas estúpidas da nossa estúpida lista.
Mas, neste caso, o e-mail até era inteligente e eu decidi abrir uma excepção. Aqui fica um e-mail que recebi, honra lhe seja feita, do Homem que sabe coisas que mais ninguém sabe: fabio_man.
Obrigado Fábio por este fantástico e-mail:

O Melhor Amigo do Homem, segundo Seinfeld
Até hoje pensava que a pior frase que podia ouvir de uma rapariga era: "Temos que falar...". Mas não! A pior frase de todas é: "Eu também gosto de ti... mas como amigo.".
Isto significa que para ela tu és o mais simpático do mundo, aquele que melhor a compreende, o mais dedicado... Mas nunca vai sair contigo. Vai sair com um gajo nojento que apenas quer ir para a cama com ela. Aí sim, quando o outro lhe fizer alguma das dele, ela chamar-te-á para pedir-te conselhos. É como se fosses a uma entrevista de trabalho e te dissessem: "Você é a pessoa ideal para o posto, tem o melhor currículo, é o que está melhor preparado... Mas não vamos contratá-lo. Vamos contratar um incompetente. Só lhe pedimos uma coisa: quando esse gajo fizer asneira, podemos chamá-lo para tirar-nos da embrulhada em que ele nos meteu?"
Eu pergunto: o que é que fiz mal? Fomos ao cinema, rimo-nos, passámos horas em cafés... E depois de quantos cafés ficámos amigos de verdade? Depois de cinco? Seis? Com menos um café e tinha ido para a cama com ela!!
Para as mulheres, um amigo rege-se pelas mesmas normas de um Tampax: podem ir para a piscina com ele; podem montar a cavalo; podem dançar...; mas a única coisa que não podem fazer com ele é ter relações sexuais.
Ainda por cima, bem vistas as coisas... Se para uma mulher considerar-te "seu amigo" consiste em arruinar a tua vida sexual, o que fará ela com os inimigos?
A mim parece-me muito bem que sejamos amigos, o que não percebo é porque é que não podemos ir para a cama como amigos.
Eu penso que a amizade entre homens e mulheres não existe, porque se existisse saber-se-ia. O que acontece é que quando ela te diz que gosta de ti como amigo, para ela significa isso e ponto. Mas para ti não. Para ti quer dizer que se numa noite estão na praia, ela já com uns copos, está lua cheia, os planetas estão alinhados e um meteorito ameaça a Terra... Podias muito bem ir para a cama com ela! Por isso engoles... Por isso nunca perdes a esperança. Ela sai com o Pedro? Isso vai acabar. E quando isso acontecer, tu atacas com a técnica de consolador: "Não chores, o Pedro era um chulo. Tu mereces muito melhor, alguém que te compreenda, alguém que esteja no sítio certo quando tu precisas, que seja baixito, que seja moreno, que não seja muito bonito, que se chame Carlos... COMO EU!!"
Pelo menos, sendo amigo podes meter nojo para eliminar concorrência. É a técnica da "lagarta nojenta". Quando ela te diz:
- Que simpático é o Paulo, não é?
- O Paulo? É muito simpático... Só é pena ser um pouco estrábico.
- Ele não é estrábico, o que tem é um olhar muito ternurento.
- Sim, tens razão. No outro dia reparei nisso quando olhava para a Marta.
- Não estava a olhar para a Marta, estava a olhar para mim!
- Vês como é estrábico?
O cúmulo dos cúmulos é o facto dela considerar ter uma relação "super especial" contigo quando pode dormir na mesma cama sem que se passe nada.
"COMO É QUE É??!! Então o "super especial" não seria que se passasse algo?!"
Um dia depois de uma festa, tu ficas a ajudá-la a limpar, como fazes SEMPRE, e quando acabam, ela diz:
- UH! Que tarde. Porque é que não ficas cá a dormir?
- E onde é que durmo?
- Na minha cama.
Aí, até te tremem as pernas. "Esta é a minha noite, alinharam-se os planetas!". Passados uns minutos, dás-te conta que não são precisamente os planetas que se alinharam, porque ela, como são amigos, com toda a confiança fica em roupa interior e tu, pelo que vês, pensas: "Vou ter que ficar de boxers. Com todo o alinhamento de planetas que tenho em cima..." E, assim que te metes na cama, dobras os joelhos para dissimular. Ela mete-se na cama dá-te uma palmada no rabo e diz-te: "Até amanhã". E põe-se a dormir!
"COMO É QUE É??!! Como é que se pode pôr no ronco tão cedo? E esta fulana não reza nem nada?" Estás na cama com a rapariga dos teus sonhos. No início nem te atreves a mexer, para não tocar em nada. Sabes que se nesse momento fizessem um concurso, ninguém te podia ganhar: és o gajo mais quente do mundo. E como é longa a noite! Vêm-te à cabeça um monte de perguntas: "Tocar uma mama com o ombro será de mau amigo? E se é a mama que toca em mim?" Mas depois de muitas horas, já só fazes uma pergunta: "SEREI REALMENTE UM MANSO?!" Não podes acreditar que estás na mesma cama e não se vai passar nada. Confias que, a qualquer altura, ela vai dar a volta e dizer: "Anda lorpa, que já sofreste bastante. Possui-me!" Mas não. Para as mulheres parece que nunca sofremos o suficiente. E como sofres... Porque tens todo o sangue do corpo acumulado no mesmo sítio. Já houve mesmo casos de homens que rebentaram. Mas ainda não acabou a tua humilhação. Às 7 da manhã tocam à campainha:
- AH! É o Pedro!
- O Pedro? Mas ele não te tinha deixado?
- Depois conto-te tudo. Estou com pressa. Esqueci-me de te dizer que o Pedro ia trazer o cão. Como vamos à praia eu disse-lhe que ficando contigo o cão não podia estar em melhores mãos. Porque tu és um amigo! Estás com má cara. Dormiste bem?
E aí ficas tu com o cão, que esse sim é o melhor amigo do homem.

JERRY SEINFELD
Tirado do blog Carlos Pina, num dos raros e-mails que reenviei



P.S.: A solução da "adivinha" de ontem é "a tecla do piano". Para amanhã não vos deixo nenhuma, ou deixo? Ah, cá vai: "O que é que não tem carne, nem ossos e tem cinco dedos?".

domingo

10 de Abrilaio


Boas notícias, pessoal (e vai daí...). Encontrei a tal palavra, ontem tão bem perdida. É verdade. Agora que penso na palavra, nem sei como me esqueci da mesma. É daquelas palavras que, pela sua parecença com outra palavra frequentemente usada (quer por motivos de saúde, quer por outros motivos), não faço a menor ideia de como me esqueci. Enfim, it's back, e é ela: "curaçau".
substantivo masculino, licor aromático feito de casca da laranja azeda e de várias especiarias.


Mas há mais boas notícias para além das acima referidas (só há pouco é que chegaram). O SLB perdeu a dois minutos do fim (e eu não vi o golo...) e agora só falta o SCP ganhar. Vamos lá a ver. Vamos lá a ver!

A solução da adivinha de ontem é, como muitos chegaram, a "electricidade". Passando outra para amanhã, na esperança de que não seja tão "cocó" como alguém já as chamou (não quero estar aqui a dizer nomes nem a apontar pessoas, mas foi o zebra), deixo então a seguinte: "Sou perfeitamente igual às minhas colegas. Mas, quando me tocam, grito de maneira diferente. Quem sou?".
A palavra de hoje é interessante, quanto mais não seja, pela sua maneira de se ler e escrever. Ainda estou para perceber como a perdi (e já andava sozinha nas ruas frias de Lisboa, como alguém fez logo um filme, ou seria perdida sozinha no dicionário, ah não, esse era outro filme doutra realizadora, meu Deus, quantos filmes vocês fazem apenas por eu ter dito que perdi uma "palavra"...). Quer dizer, até percebo como a perdi: esta memória a curto prazo anda bonita anda... Tenho de ver se a melhoro. Tenho de ver se a melhoro!
Já agora, se eu disser que perdi assim uma morena e uma loira (levei-as a jantar na última quinta, não repararam naquela publicidade toda? Ah pois!) vocês não fazem assim outro filme? Podem juntar depois a ruiva que se meteu também ao barulho... Digo eu... Não sei, o filme é vosso, façam o que quiser, não influencio ninguém, mas fica a dica.

sábado

9 de ...


Hoje perdi a palavra. Nunca tal tinha acontecido. Também nunca tinha «postado» uma palavra a um Sábado, mas mesmo assim consegui perdê-la. Tive que ir buscar outra. O mais frustrante é que não me recordo sequer do significado da palavra que não me lembro. Enfim, a segunda opção (também conhecida por suplente) é então "crisófilo".
do Grego chrysós, ouro + phílos, amigo
adjectivo, amigo do ouro.


Bem, como o prometido é de vidro, aqui estão umas palavras que "calhei" encontrar, enquanto procurava por "Coisas Que Mais Ninguém Sabe" no Google, num PhotoBlog. As palavras que estavam ao redor da string supracitada (pronto, eu sei que me torno repetitivo, mas o que é que querem? Gostei da palavra...) captaram a minha (pouca) atenção e o facto de cada palavra estar maiusculizada (sim, foi para o plafond) também me cativou em ir ler o resto. Pedi permissão à autora e, após permissão concedida, eis-me aqui a colocar o "texto" no "meu" blog:
A Algumas Coisas Que Temos Como Certas Na Vida...
E Outras Não... Já Nada Me Resta... Já Nada É Certamente Meu...
Sei Coisas Que Mais Ninguém Sabe... Eu... Nada Sei...
É Esse Tudo Que Sei, E Esse Nada Que Todos Desconfiam...
Passo Por Ti Todos Os Dias... Beijo-Te... Abraço-Te... Digo-Te Baixinho: "Amo-Te"
Mas Nunca Me Respondes... Preferes Encolher Os Ombros...
Então Entrego-Me Ao Desespero... As Noites Que Não Consigo Dormir...
As Horas Vazias Que Se Instalam No Meu Quarto...
São Essas As Horas Que Me Ajudam A Recuperar De Doença Nenhuma...
São Essas As Horas Que Me Ajudam A Recuperar De Um Esforço P'ra Te Trazer De Volta...
Mas Nunca Voltas... Ou Voltas? Mas Tu Queres... Ou Não Queres...?
Não... Não Voltas... Não... Não Queres...
Dá-Me Respostas Para Eu Seguir Em Frente... Dá Me Respostas Para Eu Puder Dormir...
Dá-Me Tudo Aquilo Que Te Tirei... Dá-Me Tudo Aquilo Que Nunca Te Dei...
Mas Afinal... Põe Se Aqui A Velha Questão... Como Fui Eu Capaz... De Magoar Alguém Que Amei Tanto...?

Copyrighted by Suicida

Bem, posto isto (não confundir com uma forma verbal do verbo postar, este "posto" é mesmo o particípio passado do verbo pôr), resta-me dar a solução à "adivinha" de ontem. E é ela: a "chuva". Aos que que agora estão a dizer "Oh, que raio de adivinhas..." não os condeno, pois foi a mesma reacção (parecida, vá...) que tive ao ver a solução. Para amanhã, vou tentar (e friso "tentar") deixar uma melhorzinha: "Existe, mas não se vê, embora permita ver; digam lá o que vem a ser!".
Com isso vos deixo... Pelo menos, até amanhã... Espero eu.

sexta-feira

8 de um mês qualquer


Hoje: "cinófilo".
do Grego kíon, kynós, cão + philos, amigo
adjectivo, amigo de cães.


Bela palavra para dizermos a alguém, não acham? "Ó meu granda cinófilo!" Estou mesmo a ver o pessoal agora a querer mostrar aos outros que sabe palavras caras, chamar destes palavrões às pessoas, ficando estas com uma cara de quem lhes chamou algo não muito bonito, quando na verdade, não tem nada de mal ser-se amigo de cães (se acharem que a palavra de hoje tem alguma coisa a ver com o meu "tópico", desenganem-se, foi mera coincidência - o "mera" teve de ser p'ró plafond).
Enfim, ontem disse mais uma vez que dava a resposta ao "enigma", por isso está aqui (não me responsabilizo pelo enigma ser mau...): é o "til". Está na "mão", no "chão" e nunca fica por baixo. Enigma estúpido, não é? Eu sei, mas não fui eu que o fiz. Apenas o pus para ver se vocês ainda continuam a cá vir. Posso deixar um para amanhã (ou será melhor não?): "Que é que cai de pé e corre deitada?". Pronto já está. Comentem se descobrirem...
Devo ainda dizer que estou bastante contente por ver que o "meu" blog anda a ganhar popularidade por este país fora. O blog e eu. Então não é que - e agora atentem bem, mas reparem mesmo bem nesta subtileza - no outro dia aproxima-se um sujeito ao pé de mim e - e a subtileza está toda aqui - pergunta-me, com um olhar meio incerto mas de quem reconheceu alguém, se eu tenho horas. Horas, meus amigos... Ele perguntou-me se eu tinha horas. É óbvia a ténue referência à adivinha do outro dia do relógio e dos quartos e "meias-horas". É bom ser-se reconhecido. E eu, para fingir que não me tinha apercebido que havia sido reconhecido, acabei por dizer as horas ao tal senhor, acenando ligeiramente com a cabeça enquanto ele dizia obrigado, sabendo no entanto que ali estava um fã. Acho que disfarcei bem e ele não se apercebeu de tal. Gostava que as pessoas não fossem tão subtis e pedissem de uma vez um autógrafo ou fizessem conversa, mas eu compreendo-as.
Bem, vou mas é «postar» isto, porque senão não me deixam de dizer "Mas ó Fábio, então hoje só há título? O resto do post?" só porque me enganei e aquilo carregou logo só o título sem mais nenhum texto. O que vale é que dá para editar, senão era só o título que levavam e perdiam a história supracitada (onde é que eu já ouvi esta?).

P.S.: Tenho de «postar» as palavras que li no photoblog da Suicida. Já lhe agradeci por me as deixar usar e agora não as uso. Amanhã devem estar por aí.

quinta-feira

7 de Dezagosto


Para o dia de hoje, temos "concílio".
do Latim conciliu
substantivo masculino, assembleia de prelados católicos para discutirem assuntos dogmáticos ou disciplinares;
Antigo, território ou jurisdição que se separou de uma diocese;
poético, congresso; assembleia;
(no plural) decretos e cânones votados no concílio.


Bem, para esta palavra devo confessar que até há um motivo para a ter colocado aqui. Tive por um dia ou assim a pergunta "Como é que se chama a uma reunião de Papas?" no meu nick (ou tópico, chamem-lhe o que quiserem) do meu programa de troca de mensagens instantâneas (eu gosto de lhe chamar isso, mas querem que escreva MSN eu escrevo, pronto!) e vieram-me responder, entre outras coisas, esta mesma palavra: "Concílio". A princípio lembrei-me das aulas de Português do "liceu" (ou terá sido na preparatória, quando demos "Os Lusíadas"?) e do "Concílio dos Deuses" e pensei na tremenda confusão que a pessoa que me deu a resposta deve ter feito. Também já tive respostas como "Papado" e coisas assim. Se muitos ainda estão agora a pensar em como se chama a uma reunião de Papas, só vos posso dizer que não tem nome porque não existe. Nunca há mais de um Papa ao mesmo tempo, não é verdade?
Enfim, folgo em saber que o "meu" blog tem sido lido por mais do que aquelas três pessoas habituais (contando ainda comigo, é claro). Quanto à resposta da adivinha de ontem, a resposta é: "os dentes". Para quem me disse "as pessoas" (e que foi mais que uma pessoa... Foram duas, por acaso) desengane-se, pois não era essa a solução. Manda-se fazer pessoas? Aonde? Na Frangolândia ali da esquina? "Olhe, é um franguinho sem picante e uma pessoa!" - "E é p'ra levar ou p'ra comer já?" Má piada, eu sei... Mas o Sporting está a perder e não estou muito contente...
Posso-vos deixar ainda uma adivinha para amanhã e, visto que as conversas que tenho parecem ter esboçado nos leitores um pequeno sorriso, talvez comece a pôr mais alguns diálogos "divertidos" que tenho tido nesse programa de troca de mensa - MSN - aqui no blog.
Então para amanhã, e para quem souber, vai: "O que é que está no chão, está em cima da mão e nunca fica por baixo?".

quarta-feira

6 de Jubril


Hoje, como palavra, temos uma conhecida: "corisco".
substantivo masculino, faísca eléctrica; centelha que fende as nuvens, sem ser acompanhada por trovões;
figurativo, desaforo; insulto;
dizer raios e coriscos: dizer muito mal de; proferir insultos, blasfémias.


Bem, a adivinha de ontem era (segundo alguns) facilmente descoberta (até já a «postaram» no comentário), mas, como eu disse que dizia, vou dizer: é o relógio, que tem os quartos de hora e as "meias-horas"... Hoje vou deixar outra, a ver se também chegam lá: "O que é que Deus dá duas vezes e, se alguém quiser mais, terá de mandar fazer?". E pensam vocês "Qualquer dia, estás a dar prémios, não?". Ao que eu respondo "Epá, não!", mas até podia ser um bom motivo para vos pôr a pensar. O único prémio que posso dar a quem acerte é uma menção honrosa (o que quer que isso seja...). Mas isso depois logo se vê.
Hoje gostaria ainda de vos deixar uma conversa que tive com um amigo realizada com um programa de troca de mensagens instantâneas ("Ãh?" - "No msn pá!" - "Ah!"). Foi qualquer coisa como isto:
zebra: A advinha das horas é bué fácil btw. [leia-se By The Way]
EU: Leste o comment?
zebra: Ou noutros termos, poder-se-á apontar a fraca profundidade de raciocínio necessária à resolução da supracitada questão que engloba uma pequena e singela ironia à subtil ambiguidade de um pequeno jogo de palavras mascaradas com outras que as desviam do seu duplo sentido para apenas um destes compelindo o leitor a um pequeno exercício que embora interessante poderia ser mais elaborado...
zebra: Arrebentei o meu plafond com esse parágrafo.
EU: Porra [para não escever pior]... Rebentaste mas é com o meu plafond da semana inteira...
zebra: (Nota: Usei o verbo compelir na redundantemente fútil demonstração da futilidade das palavras ditas caras)
zebra: Por acaso gosto de trocadilhos. Advinhas.
EU: Então talvez tenhas uma todos os dias...
zebra: Citando o professor de compiladores: "As ambiguidades da linguagem natural"
EU: Ou não... [relativamente às ditas adivinhas...]
zebra: E quanto mais subtis forem melhor. Principalmente quando a subtileza consegue distrair a atenção do real busílis da questão. O busílis não sei se já usaste. Aprendi com o professor de IA.
EU: Já usei oralmente. [ora aí estava uma boa p'rá semana da letra 'B'...]
EU: "Oralmente falando"...
EU: Lol. [leia-se Laughing Out Loud]
zebra: Lol.
EU: Como é que se chama a essa repetição? Essa figura de estilo?
zebra: Epá é uma redundância. Mas pode ser dito de outra forma acho eu.
EU: Pois pode. Há mesmo um nome p'rá figura de estilo. [nunca me lembro. A sério!]
zebra: Pleonasmo.
zebra: Pleonasmo - figura literária que consiste na redundância de palavras para expressar uma ideia, como em parece-me a mim, entra para dentro, etc.; essa redundância; circunlóquio.
zebra: Olha uma figura de estilo por dia. Lol. Daqui a pouco és uma aula de português.
EU: Lolol... [não sei como vos dizer para lerem isto...]
EU : Qualquer dia...
zebra: http://ciberduvidas.sapo.pt/php/resposta.php?id=3718
zebra: Convém é arranjares exemplos. Porque sem exemplos não tem piada nenhuma.
EU: Isso dá muito trabalho...
Eu: Olha, amanhã vou postar o que disseste há pouco no blog, consentes?
zebra: Pode ser.

terça-feira

5 de Bri


Hoje a palavra do dia é "compelir".
do Latim compellere
verbo transitivo, constranger; obrigar pela força; coagir; empurrar; impelir;


"O que é que tem quartos, mas não tem salas. Tem meias, mas não tem pés?"
Pois é, uma adivinha para pensarem. Amanhã digo-vos a resposta. É para ver se assim têm mais um motivo para virem visitar este blog. Chamem-lhe técnica publicitária, chamem-lhe tentativa de vos "agarrar" a vir aqui, chamem-lhe qualquer coisa e depois digam-me o que é que lhe chamaram para eu saber.
Hoje vou fazer um favor àqueles que só lêem as primeiras linhas e só vou escrever essas...

segunda-feira

4 de Abri



Semana «nova», letra «nova». Para esta semana teremos então, pela sequência lógica, a letra 'C'. Cá vai a palavra: "carusma".
substantivo feminino, cinzas que se espalham no ar, quando se sopra o lume.


Soube hoje que afinal até há leitores espertos. Lêem apenas a palavra de cada «postada» e as primeiras duas linhas ou assim que estão em baixo e depois vão-se embora. Talvez esteja a dizer isto no início para que essa(s) pessoa(s) veja(m) e repare(m) que estou a falar dele(s). Quem é(são), sabe(m) que estou a falar dele(s). Mas o facto de ainda se lembrar das palavras é bastante positivo. Pelo menos, sinto que este blog sempre serve para mais alguma coisa do que ocupar espaço e servir de escape para os meus derrames cerebrais (li isto em algum lugar e tive que o usar...).
A palavra de hoje realmente é daquelas coisas que se ouvisse algum bacano dizê-la ficaria com a cara de parvo nº3 a olhar para ele. Mas enfim, foi o que se arranjou, e, se não a usarem, é da vossa inteira responsabilidade. Bem como também o é se a usarem. E não me apresentem reclamações se o facto de usarem estas palavras não surtir efeito (esta foi p'ró plafond diário). Mas caso façam progressos por usufruirem (novamente p'ró plafond) das palavras que leram aqui, avisem-me por e-mail, SMS, comentário no blog, fax, carta, telegrama, telegrama cantado, peçam a um amigo para me dizer, sei lá, qualquer coisa. Mas avisem e peçam-me o NIB para mandarem o vosso contributo pelo sucedido. O autor deste blog agradece...

Sem mais assunto de momento, despeço-me com as maiores das considerações.

domingo

3 de Bril


Today's word: "bélico".
do Latim bellicu
adjectivo, que diz respeito à guerra; próprio da guerra.


"Onde é que anda a «postada» de ontem?" é a pergunta que vocês fazem, ao repararem que ontem não houve palavra "nova". Pois é, têm razão, mas isto andou-se um bocado ocupado e então não houve. "Ah! Mas onde é que andaste? Com quem? A fazer o quê? A que horas? Porquê?..." questionam vocês de uma só vez (que nem namoradas em pré-ataque de ciúmes [digo "pré", porque, ao contrário do que vocês pensam, todas essas interrogações não são ciúmes, mas sim pura curiosidade feminina levada ao mais alto nível - o não uso da palavra "extremo" foi propositado, bem como este "à parte", que serviu apenas para a usar -. Os ciúmes vêm depois de as respostas serem {ou não} fornecidas {antes tinha posto "dadas" mas, visto ter que usar o meu plafond de palavras caras por dia*, modifiquei} e aí é que verificam o que são ciúmes: todas as acções posteriores {desculpem lá, mas ainda restava uma palavra cara} vindas da parte dela é que são os actos de ciúmes] quando vocês vão a algum lado sem elas) ao que eu replico "Pah vão dar uma volta...". E vocês vão (Nota: Para perceberem o texto, tenham atenção aos parêntesis e recomecem donde eles se fecham).
Sobre a palavra de hoje, já a conhecia, mas achei «boa» para pôr aqui. Pode haver alguém que não soubesse e sempre valeu a pena vir aqui ler a palavra e saltar o resto do texto, como o leitor esperto faria...

*Para os que ainda não sabem (e que devem ser bastantes), o meu novo projecto consiste num plafond (um «limite» mínimo) de palavras caras a usar por dia. Acho que muitos de nós deviam tentar fazer isso...

sexta-feira

Dia 1 das Mentiras


Hoje não há palavra... Mentira, há sim!
E é "bicharia".
substantivo feminino, conjunto de bichos;
popular, aglomeração de pessoas.


Belas palavras, não haja dúvida. Bem, hoje não tenho muito a dizer, a não ser sobre este dia que é o "dia 1 das mentiras". A maior peta (até à hora que escrevo isto) que me meteram hoje foi de que havia um jogo de futebol amanhã, Sábado, mas eu também não iria, quase de certeza. A segunda maior peta foi de que tinha os atacadores desapertados. E se estão à espera que me tenham metido petas menores, desenganem-se, pois mais ninguém tentou. Parece que todos se esqueceram, menos os tipos do Vaticano, que meteram a maior delas todas: o Papa ainda estar vivo. Mas como falar disso é "má onda", não vou dizer mais sobre esse assunto. Realmente, este dia passa esquecido por muita (boa) gente. Outros aproveitam para dar festas... Vamos lá a ver se para o ano o pessoal surge com melhores mentiras que as deste ano...

E, já agora, a semana passada saiu-me o 3º prémio do euro-milhões...